Após declarações da Ouvidora da Defensoria Pública Estadual (DPE), Sirlene Assis, na qual durante o evento que comemorou os 10 anos da Ouvidoria Cidadã no Fórum Juíza Leonor da Silva Abreu na última terça-feira (17), em que ela citou que dentre as principais reclamações da sociedade civil, é o abuso nas abordagens policiais, tanto no município de Vitória da Conquista como em Brumado, o Major da 34ª CIPM, Mário Cabral rebateu as denúncias feitas na audiência pública. Em entrevista ao 97NEWS, o Major esclareceu que todos os casos que chegam na Companhia, são apurados pela corregedoria. "Nós temos uma corregedoria aqui, inclusive o Ministério Público tem enviado tudo que chega das ocorrências envolvendo policiais e, nós estamos apurando", disse Cabral. Ainda na audiência, a defensora citou que há uma discriminação maior, evolvendo jovens de classe social e negros, o que ele chama de "abordagens preconceituosas". "Quando a gente fala em segurança pública, ela descrimina pobre e preto, então não é a [Polícia Militar], é o sistema, é preciso ter uma atuação do Ministério Público, que muitas vezes arquivam os próprios processos, é preciso ter uma ação da corregedoria. É preciso fazer uma formação para esses policiais, é preciso acabar com atos de resistência, porque ele justifica as mortes dos jovens, que muitas vezes não estão com drogas e nem armas", disse a ouvidora. Sobre a fala da defensora, o Major disse que a Defensoria Pública precisa ir as ruas e ver de perto como funciona o combate à criminalidade. Ainda segundo ele, Brumado registrava um alto índice muito alto de assaltos a mão armada e arrombamentos, e de acordo com o Major, esses índices foram reduzidos à pedido da própria sociedade que clamava por segurança. "Nós tínhamos aqui roubos a mão armada à celulares, arrombamentos em casas comerciais, e além disso, tínhamos relatos aqui de que em alguns bairros para entrar era preciso pagar uma espécie de [pedágio], então tudo isso foi diminuindo com as ações de combate da Polícia Militar", esclareceu o Major. Sobre as declarações da Ouvidora na qual ela cita que as ações da Polícia chegam a ser 'racistas' e direcionadas à 'pretos' e 'pobres', o Major comentou que vai de encontro com o pensamento de defensora. "O nosso policial militar vem do meio, ou seja, [preto] e [pobre] como diz ela [Ouvidora], e nós temos a situação que não escolhemos cor, então não temos a situação de escolher quem é branco, quem é pobre, quem é rico, a lei é feita para todos. Esse pensamento da defensora eu não coaduno aqui em Brumado", relata o Major Cabral. De acordo com o comandante da 34ª CIPM, a sociedade brumadense é homogenia, então não tem a situação de escolher quem é 'preto' ou 'pobre' para ser abordado. "Essa não é uma realidade em Brumado", rebate Mário Cabral.