Após o atropelamento de um idoso ocorrido no dia 21 deste mês na Avenida Centenário, em Brumado, a população abriu um leque de perguntas sobre os perigos de atravessar fora da faixa de pedestres. Mas também cresceram os questionamentos sobre os veículos que ficam estacionados logo após o semáforo, em frente à antiga Cesta do Povo. Uma das questões são os caminhões que descarregam mercadorias em lojas que acabam atrapalhando o tráfego de veículos na via e dificultam também a vida dos pedestres. Agora, o maior questionamento recai sobre a quantidade de automóveis que estão sendo vendido em via pública, fazendo com que, a vaga que seria para estacionamento, se tornasse particular, para vendedores, que acabam ocupando as vias públicas, e diminuem a quantidade de vagas, as quais já são escassas no centro comercial da cidade. “Já não há vagas para estacionar no município, muitos comerciantes e vendedores, utilizam essas vagas com os seus carros, e agora, os estacionamentos desta via viram ponto de comercialização. Isso tem que ser revisto pelo SMTT”, relatou o operador de máquinas Gutemberg Leal. Já o eletricista Jair Pinheiro relatou que “gostaria de ver uma verdadeira atuação da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes para solucionar esse problema, se a zona azul for mesmo implantada, ai sim poderá acabar com esse tipo de comércio. Ninguém aqui quer acabar com o ganha pão de ninguém, mas que possa ser utilizado num local adequado”.
A nossa reportagem falou com o superintendente de Trânsito, Jansen Ricardo, o qual informou que, a SMTT não pode responder como órgão fiscalizador da comercialização da via, já que se trata de empreendimento aberto. Ele explicou que "no trânsito não tem nada que impeça esse ou esses proprietários de estacionarem nas vias, a não ser que exista uma placa proibitiva, que impeça dele estacionar. Agora somente com a chegada da Zona Azul isso irá acabar, porque eu tenho certeza que o cidadão não vai estacionar seu veículo as 06h da manhã e retirá-lo as 18h, isso vai gerar um custo muito alto para ele. Então isso já se resolve o problema” e emendou dizendo que “o problema está acontecendo também na Avenida Coronel Santos, na Avenida Centenário e na Avenida Antônio Mourão Guimarães". Ricardo também ressaltou que o problema já havia chegado até ele pela ouvidoria argumentando que "sabemos que muitos questionam, que é injusto a situação, pelo fato do cidadão ter que estacionar seu veículo por uma hora ou duas para ir até o comércio e quando chega lá tem vários veículos com placas de venda, que foram estacionados pela manhã e só são retirados no fim da tarde. Mas o que salientamos, para esses cidadãos é o seguinte, coma chegada da Zona Azul, tudo isso irá se resolver". A equipe do 97NEWS também foi até a Secretaria de Finanças e ao setor de tributos, e falamos com o fiscal, Maxuel de Almeida Ramos, o qual nos informou que, só se pode fiscalizar mediante a existência de uma quebra de regra, ou seja, a partir do momento em que apenas uma só pessoa ou empresário estabeleça uma espécie de comércio no local. "Nós estamos recebendo esta denúncia só agora, mas nós como fiscais de tributos iremos até o local e se ficar comprovado que há uma ilegalidade por parte de algum empresário, que esteja comercializando veículos ou qualquer outro meio na via pública, iremos notificá-los. Mas aí entra outra questão, se forem várias pessoas, que têm os seus veículos, que os levam para a via, estacionando em local adequado, e que não infrinja a lei de trânsito, não há porque retirá-los do local". Maxuel ainda ressaltou que um exemplo disso, foram os vendedores de pães de Macaúbas, que estavam em uma praça pública revendendo os seus produtos, "recebemos a denúncia e orientamos os proprietários e se legalizarem, e foi o que aconteceu, eles retiraram o alvará, o setor de infraestrutura, liberou a praça pública para eles por um tempo determinado, ou seja, eles tem o dia e o horário para permanecerem no local, se não obedecerem o acordo firmado dentro da lei, serão notificados, e é assim que funciona”.