Em situação diferente de diversos outros alimentos, como a carne bovina, que tiveram fortes aumentos, os peixes de criação estão com os preços praticamente estáveis, semelhantes aos vistos em 2020. A exceção é para os importados, que sofrem influência da alta do dólar, afirmam vendedores do setor. Diante da situação, a expectativa é de que produtos tradicionalmente mais consumidos na época da Páscoa, como o bacalhau, tendem a perder espaço na mesa do brumadense para outras opções. Para o empresário Lucas Dias Pereira, a tradição será mantida, mas em baixo custo por conta. Ainda segundo ele, com a família em isolamento social, a Sexta-Feira Santa será sem aglomeração. "Mesmo sendo um momento em família, ou seja, relembramos o dia em que Jesus Cristo morreu crucificado, devemos manter a distância por conta da doença", afirma.
Carmem Meira, dona de uma peixaria no Mercado Municipal há cerca de 15 anos ressalta que a variedade de peixes reduziu por conta da seca no nordeste. Entre as alternativas, a tilápia, que representa 60% das vendas, ela conta que o pescado deve ser protagonista na mesa da Semana Santa dos brumadenses. "O preço é o principal fator. A tilápia varia de R$ 6,50 a R$ 8 o quilo, enquanto o bacalhau está com o quilo variando de R$ 46 a R$ 106", diz. A expectativa da vendedora, é de um aumento de 10% a 13% nas vendas de tilápia durante o período. “Esse ano, a opção do pescado e do peixe de cultivo foi mais por questão de preço do que religiosa”, afirma Meira.