Na noite da última segunda-feira (15), o que chamou a atenção da população não foi apenas os votos contrários aos projetos intitulados de “Pauta Bomba” dos vereadores Amarildo Bomfim (PSB) e Beto Bonelly (PSB), aliados do prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB). Para a surpresa daqueles que acompanhavam as discussões, dois vereadores de oposição, Wanderley Amorim da Silva, o Nem (DEM) e Luís Carlos Caíres da Silva, o Palito (PP), indo na contramão da bancada, foram a favor dos projetos de lei enviados pelo Executivo. Ambos foram a favor dos projetos de redução da licença maternidade; revogação do dispositivo da Lei Municipal nº 1.780 de 22 de Setembro de 2016, que instituiu o novo Plano de Carreira, Cargos e Salários dos Profissionais da Educação Pública Municipal; concessão dos serviços de gestão, operação, manutenção, exploração, revitalização e expansão dos cemitérios públicos e bem como da prestação dos respectivos serviços funerários. Sobre a atualização e criação de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) para a zona rural o vereador Palito não votou a favor. Além disso, os edis não entraram nas discussões entre oposição e situação. Além de Nem e Palito foram favoráveis os vereadores Tiago Amorim (PP), Renato Santos (Podemos), Lia Teixeira (PCdoB) e César Bar (PCdoB).
"Infelizmente, na seara política nacional, são poucos os parlamentares que honram seus mandatos e pouquíssimos os que prestigiam seus eleitores. A maioria atua quase sempre na defesa de interesses privados, em detrimento do interesse público, transformando o parlamento em um verdadeiro balcão de negócios, onde prevalece o fisiologismo e se negociam votos em troca de vantagens pessoais ou faccionais, reduzindo os debates a um autêntico mercado a céu aberto, que funciona na base do "toma lá, dá cá", visando unicamente benefícios próprios sem qualquer compromisso com o povo e em prejuízo de toda a Nação. Não se pode dizer categoricamente que os dois vereadores de oposição (Nem e Palito) agiram assim, mas - via de regra -, quando um parlamentar vota matéria desfavorável ao povo, sobretudo ao trabalhador, provavelmente alguma boa vantagem ele receberá em troca. "