Enquanto a média geral no Brasil é de 8% de elucidação nos crimes contra a vida, na circunscrição da 20ª Coorpin que compreende 21 municípios da microrregião, com sede em Brumado, o alto índice obtido no ano de 2018 até o mês de julho é digno da “Scotland Yard”, pois chega quase ao absoluto, tendo 83% de resolutividade. Os números foram divulgados pelo coordenador do órgão, Dr. Leonardo Rabelo, que ainda informou que no ano de 2017, foram 42%, ou seja, seguindo a tendência deste ano, a elucidação poderá dobrar, o que significa que em cada 10 crimes desse gênero, 8 são ou serão solucionados.
Brumado: Polícia Civil comemora alto índice de resolutividade nos crimes contra a vida
Outro fator relevante é a rapidez na solução de alguns crimes como o recente latrocínio de Samambaia, zona rural de Brumado, onde o autor do crime, num trabalho conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, em poucos dias, foi preso. A vítima Júlio César Andrade, de 26 anos, que foi alvejado nas costas, acabou não resistindo e indo a óbido após uma cirurgia de mais de 6 horas de duração. Outro homicídio que chocou a região foi do comerciante "Moquinha" em Barra da Estiva, onde a PC por meio de suas equipes, conseguiu prender o trio suspeito de ter sido o autor do referido crime. Em Barra da Estiva aconteceram 7 homicídios neste ano de 2018, todos elucidados pela 20ª Coorpin.
Mesmo diante de números tão positivos, o Caso Kauã, ainda continua sendo o “Calcanhar de Aquiles” da coordenadoria, pois passados mais de um ano e meio do fato, não se chegou aos autores de um dos crimes mais brutais que chocou Brumado. Rabelo ainda destacou que o contingente ainda está longe do ideal para cobrir com mais efetividade toda a circunscrição, mas existiram melhoras na parte bélica, na informatização, ainda mais agora com o CICOM e também na vinda de novos investigadores, o que corroborou para os ótimos resultados obtidos.
"Os trabalhos realizados pelos delegados, policiais civis e militares, e demais segmentos da circunscrição citada, de fato é bom. Porém, querer comparar as atividades aqui desenvolvidas com os ofícios da “Scotland Yard”... É forçar demais a barra... O que tem que ser observado também é o grau de dificuldade de resolução desses crimes. Deixando a polícia londrina de lado... E já que houve uma comparação em termos de Brasil, vamos considerar que os crimes aqui citados foram relativamente de fácil resolutividade. Diferentes de verdadeiros imbróglios e quebra-cabeças a serem montados e solucionados em regiões mais povoadas e violentas do País. Um bom exemplo de grau de dificuldade se aplica ao caso do menino Kauã, e que infelizmente ainda não teve o seu desfecho. "