Os representantes do povo, que atualmente estão legislando na Câmara Municipal de Brumado estão falando para as paredes durante as sessões ordinárias, isso porque a maioria das sessões acontecem com plenário vazio, somente preenchido por membros da imprensa e funcionários do legislativo. Assuntos de extremo interesse da sociedade são discutidos sem a participação do cidadão. O principal motivo do plenário vazio é a falta de interesse da população que se mostra cada vez mais distante. O encerramento das transmissões da sessão com uma emissora local também corroborou de forma significativa para a concepção desse quadro negativo. Proposital ou não, a mesa diretora não tem demonstrado interesse em mudar este quadro, já que a volta da transmissão das sessões já foi discutida, mais muitos parlamentares descartaram a possibilidade. Os brumadenses já estavam muito acostumados com as transmissões todas as segundas-feiras à noite, porém, uma determinação do MPE-Ministério Público Estadual, fez com que o contrato fosse cancelado com a emissora, sendo que, o motivo até hoje ainda não foi revelado. Durante um pronunciamento o presidente da casa, disse ter entrado com um recurso para que as transmissões retornassem, mas com o fim dos mandatos dos vereadores, não se houve interesse em rever com o MPE está situação. E quem acaba perdendo com isso é a população. A suspensão da transmissão das sessões, para muitos, foi a grande culpada pela renovação da Casa, onde ficarão apenas 3 dos atuais edis. Outra leitura é que, sem conhecimento do que acontece na política local, ferindo inclusive a Constituição que reza que as ações dos governantes têm que ser plenamente divulgadas, os brumadenses acabaram levando para as urnas o seu protesto, fazendo com que neófitos ingressassem na vida pública. Ainda não se sabe se a decisão poderá ser revista e nem se a próxima mesa diretora irá buscar a volta das transmissões, enquanto isso a voz dos políticos quase não terá eco na cidade e ficara totalmente sufocada no meio rural, o que, em plena consolidação do processo democrático é um grande paradoxo. É um final muito melancólico para a gestão do presidente Alessandro Lôbo (PRB), que disputou as últimas eleições municipais e recebeu um “massacre” nas urnas, perdendo por cerca de 12 mil votos de diferença.
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