Os Correios anunciaram nesta quarta-feira (15) que estão em negociação com bancos para a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões, em uma tentativa de reequilibrar as contas e garantir o funcionamento da estatal até 2026. O crédito integra a primeira fase do plano de reestruturação financeira e operacional da empresa, que prevê a recuperação da liquidez e o retorno ao lucro a partir de 2027. A estatal acumula 12 trimestres consecutivos de prejuízo e fechou o primeiro semestre de 2025 com um déficit de R$ 4,3 bilhões. Diante do cenário, a direção dos Correios pretende também renegociar contratos com grandes fornecedores e ampliar o portfólio de produtos e serviços, com foco em áreas como serviços financeiros e de seguridade — estratégia que visa diversificar as fontes de receita e reduzir a dependência do setor postal. Nos últimos meses, a empresa enfrentou dificuldades para honrar compromissos financeiros, chegando a adiar pagamentos que somam R$ 2,75 bilhões. Segundo a estatal, mais da metade dessas dívidas estão sujeitas a multas e juros, mas não comprometem diretamente as operações. A direção dos Correios afirma que o empréstimo é essencial para que a empresa volte a gerar receitas capazes de cobrir as despesas e eliminar o risco de inviabilidade financeira nos próximos anos.
Correios negociam empréstimo de R$ 20 bilhões para evitar colapso financeiro e garantir operações até 2026

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