A bacharel em enfermagem, Erica Luz denunciou, em sessão plenária realizada na noite desta segunda-feira (30), uma negligência médica após seu filho de nove meses dar entrada com um quadro de convulsão no Hospital Municipal Professor Magalhães Neto, em Brumado. Segundo a mãe de Davi Meira Luz, no último dia 19 deste mês, ela deu entrada na unidade hospitalar após a criança sofrer uma crise convulsiva no período da manhã. Ao chegar no Hospital por volta de 11h, Erica disse que foi recebida por estudantes de medicina sem a supervisão de estágio. "Fui recepcionada por estudantes de medicina, ou seja, exercendo de forma ilegal a profissão por que estes estavam dentro do consultório realizando atendimento aos pacientes que ali [hospital] entravam", afirmou. De acordo com a mãe, ela fez questionamentos aos estudantes sobre a supervisão, sendo informada que eles não tinham. "Eu questionei pelo plantonista e fui informada que os estudantes assumiram o pronto-socorro. Assim eu acionei a Polícia, e então, o médico surgiu no pronto-socorro. Ele sugeriu a medicação, um antitérmico, e eu pedi uma avaliação pediátrica. Ele solicitou a avaliação e o pedido de exames laboratorial em caráter de urgência, porém o médico não comparecia no serviço de saúde quando era requisitado", acusou a mãe. Ainda no seu pronunciamento aos vereadores na Câmara Municipal, a mãe denunciou ainda a demora nos procedimentos de laboratório. "O laboratório não descia pra fazer a coleta dos exames, o pediatra não aparecia", diz. Ainda segundo a denúncia, o bebê já estava entrando em um quandro de desidratação por conta da 'morosidade' do atendimento. "Ela já estava entrando em um quadro de desidratação porque ele fez vinte e cinco evacuações no pronto-socorro, e o pediatra não ressurgia para reavaliar Davi". Erica ainda detalhou que foi necessário consultar outra médica via telemedicina, uma alternativa de amenizar sua angústia. "Fiz o contato com outra médica via celular com a pediatra de Davi que não se encontra mais nesse município, para passar o resultado dos exames. E ela me orientou que não removesse o bebê do hospital sem uma reavaliação pediátrica. Durante esse período, foi requisitado incessantemente por uma enfermeira, e constantemente ela ligava, e o médico não aparecida", disse.
"Meus parabéns, Erica!!! Creio que qualquer mãe vendo o filho nesta situação, faria o mesmo. Isso mesmo, precisa denunciar mesmo quantas vezes forem necessárias, pois falar é fácil, colocar equipamentos em redes sociais também é, mas gostaria se fosse o filho dele e precisasse utilizar dos atendimentos do hospital. Tens todo o meu apoio, vamos fazer o possível que as coisas mudem internamente ou mudar o secretário. "