As medidas restritivas ao cigarro no Brasil evitaram a morte de 15 mil crianças entre 2000 e 2016. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31), no "Dia Mundial sem Tabaco". Este é o primeiro estudo que analisou o impacto na medida na saúde infantil brasileira – e também em um país em desenvolvimento. Segundo o site G1, o artigo é assinado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), e por cientistas do Imperial College of London e do Centro Médico Erasmus da Holanda. Os autores reforçam a necessidade de a medida ser adotada por outros países – apenas 20% da população mundial está protegida por medidas públicas de controle ao fumo. Ainda no útero, a exposição do bebê às substâncias do cigarro podem causar problemas de desenvolvimento, um parto prematuro ou um nascimento com peso abaixo da média. Os bebês também são afetados após o parto, com um maior risco de infecções respiratórias, asma e morte súbita. Para chegar aos resultados do estudo, os pesquisadores analisaram dados de todos os nascidos vivos, óbitos infantis e mortes neonatais no Brasil entre 2000 e 2016. A mudança mais drástica na legislação brasileira ocorreu em 2014, com a proibição do cigarro em áreas públicas parcialmente ou completamente fechadas, incluindo bares e restaurantes. A medida, segundo o estudo, reduziu em 5,2% a mortalidade infantil no país e em 3,4% a neonatal.
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