Audiência Para o Presidio não foi amistosa

A Audiência Publica realizada na Vila Presidente Vargas composta por membros da Câmara de Vereadores, Poder Judiciário, Poder Executivo Municipal, OAB-Brumado e Governo do estado, discutiu na ultima terça-feira (10) a implantação do Centro de Detenção Provisória naquela localidade.  

O encontro não teve um clima muito amistoso entre a comunidade e os interessados na construção do CDP. Durante as explanações realizadas pelo Secretário Estadual de Ressocialização Carcerária da Bahia Nestor Duarte, alguns moradores da Vila acabou vaiando parte das suas declarações, deixando o representante do Governo da Bahia chateado com a atitude. Logo após o mal estar, foi a vez do Major Berlink comandante da Policia Militar em Brumado expressar a sua decepção pelas vaias ouvidas anteriormente, declarou que: “não é assim que se comporta pessoas de bem”, e completou “algum ali fez uuuuu isso é palhaçada o fórum aqui é ouro.

Durante o pronunciamento do Juiz de Direito da Vara Criminal de Brumado - Dr. Genivaldo Alves Guimarães, que destacou a necessidade da construção do presídio, uma declaração deixou algumas pessoas preocupadas com o aumento da criminalidade e as consequências da não construção do estabelecimento prisional. Dr. Genivaldo afirmou que: “Se o presídio não for construído, terei de soltar vários presos. Se nas poucas celas da carceragem da Delegacia de Polícia a capacidade é para dezesseis detentos, manterei presos somente dezesseis. Não mais deixarei encarcerados trinta ou quarenta, como já ocorreu, e acrescento que não posso continuar transferindo detentos de Brumado para estabelecimentos prisionais situados fora da Comarca, exceto os já condenados, que, em regra, são levados à Penitenciária ou à Colônia Penal, em Salvador.

Esclareço que o presidio proporcionará, inclusive, o cumprimento de alguns mandados de prisão, pois, na situação atual, por vezes temos que retardar o cumprimento, ou soltar alguns presos, antes do julgamento, para que surjam vagas para outros".

Mesmo com todos os argumentos mostrando a extrema necessidade da construção do presídio, a comunidade da Vila Presidente Vargas deixou bem claro que não é contra a construção, mas deseja que o Governo do Estado da Bahia o construa bem longe da Vila.

Ocorre que a construção se dará a cerca de dois quilômetros daquela comunidade, sentido Caetité, e não há tempo para que se providencie outro imóvel, pois se em menos de duas semanas as obras não forem iniciadas, a unidade prisional será construída em outro Município, e Brumado novamente perderá a chance de ver melhorada a questão relativa à segurança pública.