Brumado: Caixa e Banco do Brasil deixam correntistas a ‘ver navios’

A expressão “ficar a ver navios”, que pode ser interpretada por “não obter o que esperava”, é muito antiga e, remonta aos velhos colonizadores, quando tinham experiências frustradas, de origem nebulosa, difícil de precisar. Como um navio que mal azula no horizonte. Foi mais ou menos esse o sentimento de inúmeros correntistas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que neste feriadão de Independência, acabaram ficando como dizia o saudoso Belchior “sem dinheiro no bolso”. As reclamações inundaram as redes sociais e deixou ainda mais evidente o descaso dos bancos em Brumado com a população, o que, inclusive, é uma situação recorrente. O microempresário Darlan Ribeiro, muito indignado, expressou que “isso é um desrespeito muito grande, pois nenhuma explicação é dada, somente os caixas vazios, assim como os nossos bolsos”. A cozinheira Fabíola Nascimento também não poupou críticas aos disparar que “na hora de fazer as cobranças, eles são muito bons, mas entregar o que é nosso, eles sempre usam dessas artimanhas, será que é para fazer o dinheiro render?”. Apesar das centenas de reclamações, nada vem sendo feito pelas instituições bancárias segundo os correntistas que se sentem cada vez mais reféns de taxas e cobranças, mas que na hora de poder sacar o seu “suado dinheiro”, tem que ficar prostradas na “praia da desesperança” e ficar a ver os “navios da indiferença”.