O decreto estadual que estabelece as normas para a realização de eventos com a presença de público na Bahia foi atualizado e terá uma nova versão publicada no Diário Oficial desta terça-feira (4). Atividades com até 5 mil pessoas continuam sendo permitidas, de acordo com o documento assinado pelo governador Rui Costa. Também estão mantidos a obrigatoriedade da comprovação da vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscaras. A atualização do decreto estabelece uma nova referência para impor a restrição de eventos com, no máximo, 100 pessoas. Esta limitação de público será válida, a partir de agora, nos municípios que fizerem parte da macrorregião de saúde em que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantenha, por cinco dias consecutivos, superior a 75%. Antes, a referência era de 50% de ocupação dos leitos. O decreto passa a vigorar nesta terça (4) e tem validade até 14 de janeiro.

A Secretaria de Saúde de Urandi, confirmou na tarde de segunda-feira (3) a primeira morte por H3N2. O paciente, um menino, deu entrada no Hospital Municipal Padre Antônio Manoel da Rocha, no dia 27 de dezembro de 2021, com síndrome respiratória. O quadro de saúde se agravou e ele faleceu no mesmo dia. A pasta municipal informou que a coleta para diagnóstico de vírus respiratórios (Covid e Influenza) foi realizada e encaminhada para o Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lancen-BA), em Salvador que confirmou o diagnóstico positivo da doença. A Vigilância em Saúda de Urandi solicitou da população que reforce a prevenção aos vírus respiratórios, usando máscara e mantendo o distanciamento social.

Desembarcaram em Ilhéus na tarde de segunda-feira (03), mais 23 médicos do programa Mais Médicos para auxiliar as vítimas das enchentes que atingiram o estado em dezembro. De acordo com o secretário de Atenção Primária, Rafael Câmara, 11 profissionais já estão em atuação na Bahia e que até o próximo dia 10, mais 70 médicos podem chegar ao estado. "Se houver necessidade, conseguimos fazer editais emergenciais e conseguir mais médicos", afirmou em coletiva de imprensa. A secretária de Saúde do estado, Tereza Paim, informou que havia solicitado 99 médicos, mas que lhe foi informado, que neste momento, só foi possível o envio de 23 profissionais. Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, da Cidadania, João Roma, e da Mulher, Damares Alves, também acompanharam a chegada da equipe médica. João Roma ainda falou sobre o repasse de R$700 milhões para todos os estados afetados pelas chuvas, mas não informou o valor exato que será passado para Bahia. "Será o valor necessário para fazer o acolhimento dessas pessoas", disse em coletiva.

O tempo deve seguir nublado em todo o estado até a próxima sexta-feira (7), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo a meteorologista Diva Cordeiro, da coordenação de Estudos de Clima e Projetos Espaciais, nos três primeiros dias úteis do ano, as chuvas devem ficar concentradas na faixa oeste, incluindo o Vale do São Francisco, e no norte do estado. Uma frente fria no sudeste do Brasil se desloca em direção à Bahia e isso deve causar chuvas moderadas a partir da quinta-feira (6). Com isso, as chuvas vão se intensificar nas regiões sudoeste, sul e extremo sul. Há perigo de alagamentos e deslizamento de terra. De sexta a domingo, o tempo deve continuar chuvoso em todo o estado, mas principalmente no interior da Bahia.

Uma menina de 3 anos morreu na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, na tarde de segunda-feira (3).. Uma médica denunciou que a criança apresentava indícios de estupro. De acordo com o delegado Joaquim Rodrigues, o caso aconteceu por volta das 15h30, na localidade conhecida como "Vila São Pedro", na zona rural de Formosa do Rio Preto, cidade a cerca de 240 km de Luís Eduardo Magalhães. A menina, identificada como Ilana, foi socorrida com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Luís Eduardo Magalhães. Ainda de acordo com o delegado, a menina, que completaria 4 anos, em março deste ano, foi atendida, medicada e entubada, mas não resistiu. O corpo dela vai passar por necropsia nesta terça-feira (4). O delegado informou que as investigações sobre a morte da menina já começaram, mas o estupro só será confirmado com o resultado da necropsia. Os pais dela já foram ouvidos nesta terça e negam o abuso.

O número de mortos por causa da chuva na Bahia subiu para 26 na segunda-feira (3). Os dados foram divulgados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), que contabiliza 93.646 pessoas desabrigadas ou desalojadas. O número de desabrigados – que são as pessoas que perderam seus imóveis e precisam de apoio do poder público -- está em 30.915. Já o total de desalojados -- que são as pessoas que também perderam os imóveis, mas foram alocadas em casas de familiares -- está em 62.731. A Sudec detalhou a 26ª vítima é um homem de 39 anos, que se afogou no povoado do Sabiá, na zona rural do município de Belo Campo. Ao todo, 715.634 pessoas foram afetadas pela chuva e 518 ficaram feridas. Na segunda, 154 cidades estão sob decreto de situação de emergência. 

O assassinato da jornalista Juliana de Freitas Alves, 41 anos, direciona a polícia de Porto Seguro, para mais um caso de feminicídio. Autor confesso dos disparos, o engenheiro Reges Amauri Krucinski, 43, matou a esposa na frente de duas crianças, na última sexta-feira, 31 de dezembro (veja aqui), horas antes do Réveillon. Ele foi preso em flagranete momentos depois. O delegado Marcelo Mota relatou ao site Metro1 que Reges concentrou os tiros na cabeça da vítima. "Estava meio atordoado [quando foi encontrado em uma rua próxima à casa, localizada em um Residencial Clube], mas tudo indica que seja um caso passional, a considerar a quantidade de tiros [cinco]. Em um momento, ele falou em ciúmes", diz Marcelo, ao confirmar que havia no local um bebê, filho do casal, e a filha de Juliana, de 10 anos. Segundo a reportagem, outras pessoas também presenciaram a discussão seguida de morte. Policiais encontraram na residência do acusado uma pistola calibre 380, um revólver 357, uma espingarda calibre 12 e munições. Marcelo explica que, como as circunstâncias apontam para um feminicídio, a investigação do caso passa a ser conduzida pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da cidade. Natural de São Paulo, o casal estava casado há dois anos e, há menos de dois meses, chegou a Porto Seguro para morar.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) finalizou, às 23h59 deste domingo (02), a Operação Ano Novo nas rodovias da Bahia. Iniciada na última quinta-feira, 30 de dezembro, a PRF intensificou a fiscalização e os esforços foram voltados à segurança viária, prevenção e redução da gravidade dos acidentes de trânsito e à garantia da mobilidade nas rodovias do país. Durante os quatro dias da operação, a PRF contou com reforço nas equipes e concentrou seu efetivo ao longo dos principais pontos de acidentalidade e incidência de práticas criminosas. Durante as abordagens, os policiais buscaram conscientizar motoristas e passageiros a respeito de condutas prudentes no trânsito, como por exemplo, a importância do uso do cinto de segurança, da acomodação correta das bagagens, do bom estado de conservação e regularização do veículo e, claro, da obediência às leis de trânsito. Nestes quatro dias de Operação a PRF autuou 3.251 condutores cometendo infrações diversas. Foram fiscalizados um total de 5.452 veículos e 6.699 pessoas no período da operação, nos cerca de dez mil quilômetros de rodovias federais da circunscrição da PRF na Bahia. Para evitar acidentes, os policiais retiraram 29 animais de grande porte das rodovias e prestaram 74 auxílios a motoristas, que tiveram panes nos veículos ou outras dificuldades. A pressa também fez muita gente ultrapassar de forma proibida. Foram 764 autos extraídos desse tipo de infração. Durante as abordagens, foram realizados 2.938 testes com etilômetro (aparelho utilizado para aferir a quantidade de álcool ingerido pelo condutor), o que resultou no flagrante de 34 motoristas que assumiram o volante depois de consumir bebida alcoólica. A PRF também emitiu 44 autos de infração para motociclistas ou passageiro sem capacete. Perigo também geraram os 6 motoristas que usavam o celular enquanto dirigiam, o que gera distração e risco de acidentes. Obrigatório não só para o motorista, mas também para todos os ocupantes do veículo, o cinto de segurança, ou melhor, o não uso dele gerou mais de 233autuações. Quando o alvo das fiscalizações foi a criança sem cadeirinha, 48 autos foram emitidos. No total, 171 veículos foram recolhidos ao pátio da PRF, por diferentes irregularidades seja na documentação, ou no estado de conservação e até ausência equipamentos obrigatório.

Um homem foi preso por matar a esposa a tiros na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, na última sexta-feira (31), noite de réveillon. O investigado é o engenheiro Reges Amauri, de 43 anos. Segundo a Polícia Civil, ele confessou o crime e foi autuado em flagrante por feminicídio. A vítima foi identificada como Juliana de Freitas Alves Krucinski, de 41 anos. Ela é jornalista. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas a vítima já foi encontrada morta. Os detalhes do crime não foram divulgados pela polícia, para não atrapalhar as investigações do caso.

A Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) divulgou, na última quinta-feira (30), o balanço atualizado da situação das chuvas na Bahia. O número de mortos subiu para 25 e há 91.806 pessoas desabrigadas ou desalojadas. A 25ª vítima é um homem de 45 anos. Ele se afogou no distrito do Rio do Braço, zona rural de Ilhéus. Ao todo, mais de 643 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no estado. E já são 151 cidades em situação de emergência. As mortes ocorreram em: Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Ilhéus (3), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), nas últimas 24 horas foram registrados 377 novos casos de Covid-19. Ainda segundo a pasta, mais cinco pessoas morreram em decorrência da doença no estado. Dos 1.270.858 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.241.534 já são considerados recuperados, 1.818 encontram-se ativos e 27.506 tiveram óbito confirmado. Até o momento temos 10.722.498 pessoas vacinadas com a primeira dose, 261.198 com a dose única, 8.831.474 com a segunda dose e 1.364.993 com a dose de reforço.

O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) concluiu os julgamentos de 2.063 processos durante 2021, tendo aplicado R$ 16.473.073,57 em multas e imputações de débitos a gestores flagrados com irregularidades nas prestações de contas de convênios e das unidades da administração estadual. Do total de processos com julgamentos concluídos, 316 foram julgados pelo plenário, 193 pela Primeira Câmara e 236 pela Segunda Câmara, enquanto outros 745 foram decididos de forma monocrática pelos conselheiros. O Tribunal, que precisou adaptar as sessões para o modo virtual, foi a primeira Corte de Contas do País a tomar essa iniciativa, ainda em abril de 2020, nos primeiros meses após o início da pandemia.As sessões eram realizadas com transmissão online pelo seu canal no Youtube. O plenário do TCE/BA aplicou R$ 57.500,00 em multas a gestores, enquanto as duas câmaras, que julgam as prestações de contas de convênios, contratos, termos de compromisso e de colaborações firmados pelos órgãos da administração estadual com prefeituras, entidades e instituições, aplicaram R$ 3.782.694,69 em multas e imputaram débitos (recursos que serão devolvidos aos cofres públicos, após aplicação de juros e correção monetária) no total de R$ 12.690.378,88, sendo R$ 4.593.045,10 a prefeituras municipais, prefeitos e ex-prefeitos e R$ 8.097.333,78 a entidades, instituições e seus gestores e ex-gestores. Ao longo do ano, a Corte de Contas realizou 166 sessões, sendo 86 pelo plenário, 40 pela Primeira Câmara e também 40 pela Segunda Câmara, tendo superado, no conjunto, o ano de 2019, o último da pandemia do novo coronavírus, e também os resultados alcançados em 2020.

Quatro integrantes do 8º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) andaram 9 km para socorrer uma mulher de 56 anos que mora em um local de difícil acesso, no bairro da Suíça, no município de Jequié. A mulher possui dificuldade para locomoção devido a sequelas causadas por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e teve um mal-estar decorrente de diabetes, por isso precisava de atendimento médico de urgência. Os bombeiros foram acionados pela filha da idosa e não mediram esforços. Prepararam o equipamento e foram cumprir  a missão. "Enviamos nossas equipes e, por ser uma local que tem montanhas, muita lama e água, veículos não têm acesso. Nossas guarnições andaram 4,5 Km para chegar até a casa delas e o mesmo percurso para trazê-la à nossa sede", contou a  subtenente Manuela Faneli. Durante o resgate, eles utilizaram uma prancha para imobilização da vítima e fizeramo transporte de retorno também  pé e de forma segura. Após chegarem na unidade, as equipes conduziram a vítima até o Hospital Prado Valadares.

Além de todo o transtorno que as enchentes estão causando, as secretarias de Saúde de diversos municípios estão em alerta por mais um motivo: a perda de vacinas e medicamentos após os alagamentos. O governador Rui Costa, em uma transmissão ao vivo, já havia dito na última terça-feira (28) que várias cidades do sul da Bahia perderam todas as medicações e vacinas. O Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-Ba) realizou um levantamento que confirmou a afirmação de Rui. Dados mostram que ao menos 17 cidades tiveram perdas de remédios, imunizantes, equipamentos ou insumos hospitalares por causa das enchentes. No entanto, por ser um levantamento preliminar, o Consems-Ba acredita que esse número pode ser ainda maior. Segundo o órgão, diversos secretários municipais estão tendo dificuldade de se comunicar com a pasta e repassar informações. 

Cidades que sinalizaram perdas de medicamentos, vacina ou insumos:  

Itororó  
Jucuruçu 
Amargosa 
Jiquiriçá 
Laje 
Aratuípe 
Coaraci 
Itacaré 
Ilhéus 
Itabuna 
Canavieiras 
Pau Brasil  
Ipiaú 
Jequié 
Jaguaquara 
Valença 
Vitória da Conquista 

Um rapaz de 19 anos, que tentou atravessar uma enxurrada em Ilhéus, na noite da segunda-feira (27), acabou se afogando. Essa é a 21ª morte confirmada em decorrência das chuvas na Bahia. A Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) atualizou, na tarde desta terça-feira (28), as informações sobre a população atingida pelas enchentes que ocorrem em diversas regiões do estado. No momento, são 34.163 desabrigados e 42.929 desalojados. O total de feridos permaneceu em 358. Além disso, 471.786 pessoas foram afetadas. Mais de 32% das cidades da Bahia estão em situação de emergência.

Com as entradas para o município de Itapitanga destruídas por causa das chuvas no sul da Bahia, os moradores de Coaraci precisaram encontrar uma forma de repassar as doações para os vizinhos: uma corrente humana. Nesta terça-feira (28), um vídeo registrou voluntários repassando de mão em mão água, alimentos e roupas até atravessar a rodovia -- uma cratera divide a pista. De acordo com a moradora Stéfany de Érico, que administra a página S.O.S Itapitanga no Instagram, a maior parte da cidade ainda se encontra ilhada após as enchentes do último fim de semana. Até segunda-feira (28), apenas um mercado e uma padaria funcionavam na cidade, e as doações de outros municípios não conseguiam chegar por causa dos estragos nas rodovias. 

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciou um auxílio financeiro a ser pago às vítimas das chuvas em cidades do sul, extremo sul e sudoeste do estado. Os temporais já provocaram 20 mortes e afetaram mais de 470 mil pessoas. Sem mencionar valores, o governador disse que o benefício será executado dentro do programa Estado Solidário, iniciativa que contempla medidas implementadas para apoiar a população durante a pandemia da Covid-19 desde março deste ano. Entre outras ações, Rui Costa já havia anunciado a extensão da Tarifa Social da Embasa como valor máximo cobrado na conta de dezembro para todas as residências, comércios e prestadores de serviços que tiveram prejuízos com as enchentes nos municípios que decretaram situação de emergência. Esse benefício já havia sido concedido aos moradores de cidades do extremo sul, região também afetada pelas enchentes.

Já são 116 municípios afetados pelas chuvas na Bahia. O número,divulgado pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), representa 27.8% dos 417 municípios baianos.  Ainda segundo o órgão, 100 desses municípios já decretaram situação de emergência por causa dos estragos causados pelas chuvas.  Essas cidades, somadas, contabilizam, até esta segunda-feira (27), 31.405 desabrigados e 31.391 desalojados. Os dados da Sudec apontam, ainda, 358 feridos e 20 mortos. Os dois óbitos mais recentes ocorreram em Itabuna: uma mulher de 33 anos, vítima de desabamento, e um homem, de 21 anos, levado pela correnteza. O total de pessoas afetadas ultrapassa 470 mil (471.009).

A Bahia contabilizou, até segunda-feira (27), 31.405 desabrigados e 31.391 desalojados, de acordo com dados enviados pelas prefeituras e totalizados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec). O total de municípios afetados chega a 116, sendo que 100 deles já decretaram situação de emergência. Foram registrados ainda 358 feridos e 20 mortos. Os dois óbitos mais recentes ocorreram em Itabuna: uma mulher de 33 anos, vítima de desabamento, e um homem, de 21 anos, levado pela correnteza. O total de pessoas afetadas é superior a 470 mil (471.009). 

As chuvas intensas que atingiram a Bahia nos últimos dias são reflexo do fenômeno climático La Niña e do aumento da temperatura das águas no oceano Atlântico. Apesar de comuns nesse período do ano, os temporais tiveram intensidade e duração atípicas. De acordo com os meteorologistas, as enchentes que atingiram cidade do sul da Bahia são consequência das alterações climáticas. Neste ano, além da La Niña mais intensa desde a segunda quinzena de outubro, a elevação de cerca de 1º nas águas da superfície do Atlântico, favoreceram a formação de chuvas na região. O aumento da temperatura faz com que as frentes frias avancem mais lentamente, o que leva à formação de chuvas por mais dias consecutivos e em maior volume. A La Niña é considerada uma anomalia climática, que ocorre, em média, em um intervalo de dois a sete anos e provoca uma série de alterações nos padrões de chuva e temperatura globais. No Brasil, o fenômeno provoca chuvas mais abundantes no Norte e Nordeste. No centro-sul, provoca aumento de temperaturas e seca. Isso ocorre porque o fenômeno favorece a formação de zonas de convergência do Atlântico Sul, chamadas de ZCAS. Eles são como corredores que se estendem do sul da região amazônica até a área central do Atlântico sul, canalizando a umidade da Amazônia para a Bahia, o que provoca chuvas.