O setor de ensino superior privado está considerando positivas as mudanças a serem implantadas no segundo semestre deste ano no programa de financiamento estudantil do governo, o Fies, apesar da redução no número de novos contratos. O novo modelo, ainda não anunciado oficialmente, terá alta de juros e redução do limite de renda dos alunos atendidos.
De acordo com fontes do setor, o Fies vai ter elevada de 3,4% para 6,5% ao ano a taxa de juros. A carência, período após o curso em que o aluno ainda não precisa amortizar a dívida, cai de 18 para 12 meses. Num primeiro momento, as fontes afirmaram que não haveria redução no prazo de amortização, mas mais tarde confirmaram que ele caiu para duas vezes o tamanho do curso mais um ano (antes esse prazo era de três vezes o tamanho do curso somado de um ano). Ou seja, um curso de quatro anos deve ser pago em até nove anos somado da carência e não mais em 13 anos.
Executivos das grandes companhias do setor comentaram o novo modelo ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, mas não quiseram se identificar porque o anuncio ainda não é oficial.