A corrida do ouro chegou à Bahia, mais precisamente na pacata cidade de Iramaia, Chapada Diamantina. Encravada na região de Jequié, a pouco mais de 240 km de Vitória da Conquista, a cidade, que está prestes a viver uma revolução, já começa a receber dezenas de pessoas interessadas em atuar na extração do metal precioso. O município tem um campo aurífero (que produz ouro) com pelo menos 4 km de extensão. Aurífero é a palavra que designa um filão de ouro ou mina de ouro.O comércio está animado, mas os moradores temem que a cidade atraia pessoas sem interesse em trabalho. "Geralmente quando uma notícia como essa se espalha, vem muitos bandidos pensando que o povo todo enriqueceu", teme o estudante Bruno Mateus de Almeida. "É certo que o comércio vai receber um aporte maior, mas não devemos esquecer da segurança, sem contar com a especulação em geral, a exemplo da imobiliária". Os estudos preliminares indicam que os investimentos para deixar a mina em operação são da ordem de US$ 200 milhões. A prospecção do chamado Projeto Jurema Leste foi feita pela Companhia Baiana de Pesquisas Minerais (CBPM) e apresentada em março no maior evento de mineração do mundo, em Toronto, Canadá. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, as perspectivas são as melhores. "Devemos atrair investidores internacionais para um grande empreendimento. O impacto será em toda a economia regional", destacou. Iramaia é um município baiano, com população estimada em 18 mil habitantes. A origem de Iramaia sabe-se, teve nascimento em uma fazenda denominada Alma e que por ocasião da construção da ferrovia Leste brasileira foi nesse local construída uma estação e uma casa para o agente fiscalizador da ferrovia. Ao lado dessa casa foram se erguendo muitas outras casas residenciais e comerciais, daí surgindo um povoado. Foi emancipada em 28 de janeiro de 1958 através da lei 959/57 criado com o território desmembrado do município de Barra da Estiva sendo instalado em 07.04.1963.