Mais de 300 moradores da cidade de Itarantim, no sudoeste baiano, estão fora de suas casas por conta de chuvas fortes que atingem a cidade desde a madrugada da última terça-feira (12) e permanecem até esta sexta (15). Foram contabilizadas 323 pessoas desabrigadas, pertencentes a 88 famílias, que precisaram deixar suas residências por conta do temporal, até que sejam feitos reparos nos imóveis. Outras 55 pessoas, distribuídas em 15 casas, estão desalojadas por não poderem retornar para os imóveis, condenados pela Defesa Civil. Ao todo, entre desalojadas e desabrigadas, 378 pessoas foram atingidas pelos efeitos das tempestades. Segundo a prefeitura, que decretou estado de emergência, estão disponíveis abrigos em creches e escolas. No entanto, grande parte dos itarantinenses preferiu se hospedar na casa de parentes. Até a última quarta (13), foram registrados 110 milímetros de chuva. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) considera chuva forte a partir de 50 milímetros. Ruas ficaram danificadas e crateras foram abertas. Os bairros mais atingidos foram de Tancredo Neves, Bob Kenedy, Senhor do Bonfim, Cajazeiras e parte do Presidente Médici.

Não foi somente a zona urbana que foi afetada pela chuva, o meio rural que era o que mais necessitava das chuvas devido à forte estiagem, acabou tendo a sua infraestrutura bem prejudicada. Em alguns locais as estradas ficaram intransitáveis, já em outros as pontes começaram a serem invadidas pelas águas volumosas dos rios. Em registro feito pelos moradores num dos locais mais afetados, a Fazenda Jacaré, fica claro a situação extremamente precária da estrada vicinal que faz a ligação com a sede do município. 

Segundo os moradores a situação se agravou já que a referida estrada estava recebendo obras de recuperação, inclusive com instalação de manilhas para escoar as águas pluviais para facilitar a trafegabilidade, mas, sem explicações, as obras foram paralisadas, o que acumulou material e tornou o local mais vulnerável.Eles ainda citaram que os alunos não puderam ir à escola. Outros registros vieram da Comunidade de Umburanas, que ficou com as duas ligações que são feitas por meio de pontes, uma para a cidade e a outra para o Distrito de Cristalândia, sem condições de passar, ou seja, deixando os moradores ilhados, conforme dá para se observar nas fotos e no vídeo abaixo:

A infraestrutura urbana de Brumado continua se mostrando bastante vulnerável às fortes precipitações pluviométricas. Vários locais atestam isso como a popular "Ladeira do Cinema", que fica bem no centro da cidade e que todos os anos é recuperada após ser bem danificada pelas chuvas. Agora, dentre os locais que têm um histórico comprovado de vulnerabilidade infraestrutural, um realmente causa indignação, que é a Av. Lindolfo Brito Azevedo que faz a ligação com a BA-148. Todos os anos o "filme se repete" só que a edição 2017 foi mais revoltante, já que em julho foi realizado pelo DNIT o trabalho de recuperação da via, mas, não precisa ser "um grande engenheiro" para avaliar que os serviços não foram bem planejados, já que, não é possível, que o principal agente causador da destruição da pista é a geografia do local que dinamiza a força das águas pluviais. Outro fator de fácil observação é que a área de escoamento das águas, que existia antes, agora, foi bem restringida, o que dá mais robustez à impiedosa correnteza que devasta a camada de asfalto que parece frágil como um "mingau", bem como as ligações de água que, na sua maioria, foram bem danificadas também. Então, diante deste raciocínio, não seria muito fora do contexto sugerir que o dinheiro público está sendo gasto sem critérios, já que todos os anos é a mesma coisa, se faz as obras de recuperação para no período das chuvas as mesmas serem destruídas para serem refeitas novamente. Então, naturalmente surge a pergunta: até quando isso irá ocorrer?, pois até agora isso tem se esbarrado num "jogo de empurra" entre a prefeitura e o estado, que seria, a priori, o responsável pela via. Realmente é uma situação difícil de ser explicada, além do que vem acontecendo de forma repetitiva. A equipe do 97NEWS esteve no local na manhã de hoje (13) e registrou os estragos causados pela chuva que atingiu a cidade no final da noite de ontem, confira as fotos:

A forte precipitação pluviométrica de cerca de 60mm, que atingiu Brumado por volta das 23h23m desta terça-feira (12), como era de esperar, causou muitos estragos na cidade. Segundo os primeiros relatos colhidos pela equipe do 97NEWS na manhã de hoje (12) alguns locais foram muito prejudicados, como a tradicional "Ladeira do Cinema", que é "vítima cadeira cativa". 

Um muro caiu na Av. Coronel Santos, mas não causou maiores estragos. Inúmeros relatos estão chegando à nossa redação de estragos em bairros periféricos, inclusive com queda de muros também. A Prefeitura Municipal agiu rápido e colocou equipes nas ruas logo cedo, para serem realizados os primeiros serviços, que deverão ser feitos de forma paliativa, porque a previsão é que as chuvas continuem nos próximos dias.

As tão esperadas chuvas acabaram chegando, mas elas trazem não somente à alegria para os moradores do meio rural, mas, também, a preocupação para as famílias que residem nos bairros periféricos da cidade, os quais apresentam históricos déficits estruturais. Na manhã desta sexta-feira (08) uma forte precipitação pluviométrica de cerca de 30mm atingiu a zona urbana, começando a causar estragos e transtornos para a população. O Conjunto Residencial Brisas foi um dos mais atingidos, onde várias casas foram invadidas pela água e pela lama, provocando a perda de móveis.

Ruas ficaram totalmente intransitáveis como no Bairro das Baraúnas, as quais já estavam em estado precário, mas agora ficaram bem destruídas. O risco de queda de residências também é preocupante, já que a terra ficou úmida e as chuvas devem continuar nos próximos dias, lembrando que existem algumas edificações que são frágeis e podem requerer uma ação mais específica da Defesa Civil. Uma das cenas mais emblemáticas foram registradas na Ponte do São Félix que ficou com a sua trafegabilidade bem prejudicada pela grande quantidade de água, mas, que, mesmo assim, motoristas se arriscaram, confira o vídeo abaixo:

O forte calor desta terça-feira (05) incomodou muito os brumadenses, que ficaram aliviados com a possibilidade de chuvas, mas as quais não se consolidaram, ficando apenas em raios e trovões. Na zona rural o quadro foi parecido, mas em alguns locais, como o Distrito de Itaquaraí, uma forte ventania causou estragos em várias residências. Segundo informações colhidas pelo 97NEWS, a ventania arrancou telhados, antenas e causou medo em muitos moradores, que temiam o pior. A massa de ar quente acaba facilitando a formação de ventanias e novos casos podem ocorrer de hoje (06) até sexta-feira (08). Ainda segundo os relatos ninguém se machucou, foram somente danos materiais.

Esta terça-feira (5), que começou com tempo aberto em Brumado e sensação térmica de 40ºC, teve mudança brusca nos céus da Capital do Minério, onde agora chove bastante em várias regiões, como previu o Clima Tempo. Com a aproximação de uma frente fria, a estimativa é de pancadas de chuva e trovoadas na Região Sudoeste, que se espalharam pelo Norte de Minas. Apesar das altas temperaturas na cidade que chegou aos 37°C, e sensação térmica de 40°C, no fim da tarde de hoje (5) o céu ficou totalmente tomado por nuvens carregadas de chuva. A temperatura mínima prevista para amanhã, dia 6, chega com mínima de 26°C, enquanto a máxima poderá atingir mais uma vez os 37°C durante o dia. O panorama da quarta-feira (6) deve se manter durante a noite, com nuvens carregadas e pancadas de chuva com trovoadas isoladas. O tempo chuvoso deve permanecer na quinta-feira (7) em Brumado, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas e as temperaturas diminuem a partir da tarde de forma mais intensa, conforme a frente fria se desloca e a massa de ar frio começa a dominar a região.

Ás reas de instabilidade estão ganhando força e vão persistir sobre a Bahia e Minas Gerais nos próximos dias. A presença de uma frente fria na região sudoeste estimula a formação de nuvens carregadas. O fim de novembro e o início de dezembro pode ser de chuva em Brumado, a partir desta quinta-feira (30) até o dia 09 de dezembro, conforme previsão do Climatempo. Neste período, as temperaturas devem variar entre 20ºC e 30ºC, com Sol e aumento de nuvens pela manhã e pancadas de chuva à tarde e à noite em alguns dias e outros com tempo chuvoso durante todo o dia e a noite. Há possibilidade ainda de chuvas fortes.

Com a chegada da chuva, o volume de água nas cachoeiras da região da Chapada Diamantina, tem impressionado as pessoas que vão ao local, inclusive os turistas. No município de Ibicoara, a cachoeira do Buracão, uma das mais famosas da Chapada Diamantina, está com grande volume de água desde a segunda-feira (13). Começou a chover forte na cidade na noite do último domingo (12). A trilha para conhecer a cachoeira, que tem 85 metros de altura, tem sido feita apenas no trajeto por cima, já que para chegar até a queda d'água os visitantes precisam entrar no cânion do rio ou passar por estreita ponte e por pedras, o que se torna perigoso com grande volume de água. 

Em Livramento, a cachoeira Brumado também está com grande volume de água. Choveu forte no município na segunda-feira. A cachoeira tem a maior queda d'água da cidade, com cerca de 90 metros. Na metade da BA-148, que fica entre os municípios de Rio de Contas e Livramento, dá pra ver da pista a enorme queda d'água. Em Morro do Chapéu, a cachoeira do Ferro Doido, a mais famosa da cidade, também tem grande volume na queda de água. A cachoeira fica na área de preservação ambiental do monumento do Ferro Doido, criada em 1998, e tem no ponto mais alto, 98 metros de queda d'água. 

Chuvas fortes vem tomado conta do interior da Bahia desde esta segunda-feira (13). O pior dos tempos foi registrado em Bom Jesus da Lapa – segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram 62,4 milímetros de chuva. A tempestade não causou prejuízos na cidade, mas segundo o coordenador de Defesa Civil, Alan Miranda, a situação apressou a realização de obras de infraestrutura que “possam minimizar impactos de um eventual temporal”. O sudoeste baiano enfrenta números parecidos. Em Caetité, foram registrados 60,8 milímetros de chuva pelo Inmet, enquanto a prefeitura alega que foram 85. A água da chuva invadiu inúmeras lojas e residências no município. Tanto em Caetité quanto em Itabuna, a chuva tem sido apontada como motivo de desabamento de imóveis. Outras cidades que foram invadidas por São Pedro foram Morro do Chapéu e Lençóis, ambas na Chapada Diamantina. Segundo o Inmet, na Bahia há risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios em cidades com tais áreas de risco.