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Brumado: Cultura e religiosidade no olho do furacão

(Fotocomposição: 97NEWS)

A soma de padrões de comportamento de um povo seria uma das explicações mais simples para a palavra Cultura, que é o elemento mais básico para definir o ser humano. A cultura é a capacidade que todos nós temos de mudar a natureza e criar sistemas de observação, aprendizagem e transmissão de conhecimentos adquiridos. Só a humanidade foi capaz de ter a sua vida com base na cultura. Os animais vivem graças a suas aptidões naturais.

Segundo o pensador e poeta Willyan Johnes "Um povo sem cultura não se levanta. Se ajoelha", então, diante disso, a cultura é imprescindível à liberdade. Em Brumado, a Cultura, segundo os próprios agentes culturais, estaria agonizando numa sala fria de uma UTI, pois mesmo com um grande potencial e arquétipos repletos e ricos de uma expressividade popular das mais representativas, o setor passa por um déficit preocupante, que vem tirando o “sono dos artistas” e criando um vácuo cultural que podem levar os joelhos a se dobrarem.

Uma das grandes manifestações populares da “Terra do Minério”, que é o carnaval, voltou ao centro nervoso das discussões, pois Brumado já ostentou o título de melhor carnaval do interior e, agora, isso se tornou apenas uma lembrança distante de tempos alegres, onde a insensibilidade administrativa e o crescimento vertiginoso da violência, que não teve o tratamento que deveria pelos órgãos de segurança, acabaram sufocando a festa momesca, fazendo com que os apaixonados pelo evento tenham que se deslocar para outras “plagas” e outros “rincões”.

Para completar esse mosaico não pode deixar de ser citado o talento incrível dos músicos brumadenses, sendo que muitos deles, têm que “mendigar” para ter o “pão de cada dia”, quando deveriam estar brilhando nos palcos da alegria. Agora, para carregar ainda mais as tintas da indignação, um projeto de lei de autoria do executivo, quer retirar do calendário cultural e religioso da cidade, dois feriados municipais dos mais representativos, que são o Dia de São Sebastião, patrono da cidade, e o São João, que é uma das festas mais tradicionais do norte e nordeste.

A alegação para esse projeto é um estudo feito na cidade do Rio de Janeiro, no qual teria ficado comprovado que o excesso de feriados estaria prejudicando a economia. Segundo o vereador Zé Ribeiro, que fez um discurso contundente na sessão da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (20), o projeto chega às raias do surreal, pois segundo ele são realidades distintas, além de ter a religiosidade popular desrespeitada.

“Não podemos aceitar que um projeto como esse seja aprovado goela abaixo, tem que se abrir uma grande discussão”, declarou o vereador que ainda destacou que “será que a comunidade católica foi avisada?, pois se não foi, no meu ponto de vista é um desrespeito à uma tradição secular que continua muito viva em nossa cidade”. E finalizou “depois de acabar com a cultura agora querer interferir na religiosidade de nosso povo. Isso realmente é algo inconcebível”.

O presidente do Legislativo, Leonardo Vasconcelos, muito cauteloso, se ateve a dizer que “é um entendimento administrativo e não deveria ser levado para outra esfera, mas a Câmara irá fazer o seu papel em avaliar se deve ser aprovado ou não”. Vale ressaltar que o projeto foi apenas apresentado e deverá ir para votação na próxima sessão ordinária. 



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