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Vocalista da banda Sertanília diz ter levado socos de taxista, após reclamar de assédio

Aiace Félix conta que agressão ocorreu no bairro do Rio Vermelho. Segundo vocalista, homem chamou sua irmã mais nova de ‘gostosa’. (Foto: Reprodução: Facebook)

A vocalista da banda baiana Sertanília, Aiace Félix, de 27 anos, relatou, por meio das redes sociais, ter sido agredida por um taxista no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, na madrugada de domingo (3), após sair de uma casa noturna.  Ela afirma que recebeu socos na face e no pescoço, o que causou lesão na córnea do olho direito. A cantora registrou queixa na 7ª Delegacia e, até o momento, ninguém foi preso. De acordo com o delegado substituto da 7ª DT Antônio Fernando, o autor da agressão ainda não foi identificado. “Vamos chamar ela para depor o mais rápido possível. Estamos tentando identificar o suspeito, chamar para depor e, a depender, pedir a prisão”, afirmou. Segundo o delegado, o taxista deverá responder por lesão corporal ou tentativa de homicídio, a depender do resultado da investigação. Aiace conta que foi agredida pelo taxista após o motorista ter assediado sua irmã mais nova, de 22 anos, quando as duas passavam junto com uma amiga próximo ao Largo da Mariquita. “Tinha fila de táxi e um taxista dentro do carro começou a assediar minha irmã. Começou a chamar ela de ‘gostosa’, aquela coisa que vemos todo dia, como se o corpo da mulher fosse propriedade. Eu disse que era para respeitar, falando que não tinha nada a ver o que ele estava fazendo. Ele não gostou e disse que era aquilo mesmo, reiterando o assédio. Eu segui caminhando e tinha rapazes passando na hora também. Ele deu ré bruscamente para tentar me atropelar e um dos meninos me puxou. Ele veio para cima de mim e deu três socos: no olho, na boca e no pescoço/ombro”, afirmou.

Depois da agressão, o taxista teria corrido para o carro e fugido, de acordo com a cantora. Ela diz que voltou à casa noturna, onde recebeu ajuda, e seguiu para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), no bairro de Brotas, porque acreditava que o caso deveria ser registrado na unidade especializada. “Quando chegou lá, a moça que nos atendeu informou que não poderia registrar, porque eu não tinha vínculo com meu agressor. Na delegacia da mulher só registra caso com base na Lei da Maria da Penha. Ela nos orientou a buscar a delegacia do bairro”, conta Aiace. A cantora voltou ao bairro Rio Vermelho e registrou queixa contra a agressão na 7ª Delegacia. “Recebemos socorro do agente que estava lá, que nos atendeu e fez todo o encaminhamento. A partir daí, fui em busca de laudo médico. Passei por exames e vi que estou com lesão na córnea. Em seguida, fui para o IML [Instituto Médico Legal] fazer exame de corpo de delito”, relata. Ela afirma que, na delegacia, informou a placa do taxista e, segundo a pesquisa da polícia, ele aluga a licença do táxi de uma mulher. Segundo a cantora, o motorista ainda não foi identificado. “Ele era branco, estatura mediana, careca, tinha cavanhaque. Tem entre 40 a 50 anos. Ele tem o dobro do meu tamanho, eu tenho 1,56 m”, descreve. A cantora diz que ainda está com ardor nos olhos e trata com medicamentos a lesão no olho, que deve durar mais alguns dias. Aiace diz que se sente revoltada com o assédio e acha que não deve ser encarado como algo normal. “Eu nunca fui de ficar calada diante de qualquer tipo de violação de qualquer direito meu e quando toca na pessoa que a gente ama, por ser irmã mais nova, a gente se sente mais revoltado. Todas as relações à nossa volta têm esse viés falocêntrico e machista, reduzindo a mulher ao segundo plano, como se tivesse que ser submissa a algo ou alguém. Eu discordo disso e acho que, desde muito cedo, lidamos com assédio e somos educadas a achar que é elogio, mas não é”, critica. A cantora acredita que homens e mulheres precisam rever atitutes e não culpar as vítimas de assédio. “O meu pedido é que possamos rever as atitudes, para mulher e homem. Muitas mulheres vieram me dizer que eu estava no Rio Vermelho naquele horário, mas isso não dá a ninguém o direito de me agredir. A gente tem que parar de achar que assédio é normal e culpabilizar vítima”, reclama.



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