ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

Comissão aprova projeto que permite o exercício de qualquer profissão como MEI

PM apreende veículo clonado com restrição de roubo/furto em Livramento de Nossa Senhora

Suspeito de matar idosa a facadas no Sudoeste baiano é encontrado morto em matagal

TJ-BA inicia nesta segunda-feira mutirão de emissão gratuita de registro civil

Dois meses após cirurgia, morre primeiro paciente a receber rim de porco

Colisão lateral seguida de capotamento foi registrada na BA-262 entre Vitória da Conquista e Anagé

Justiça decreta prisão de dupla acusada de arrombamentos no comércio de Brumado

Bombeiros da Bahia continuam nas buscas por desaparecidos no RS

Acusada de matar a filha para ficar com guarda do neto é presa após aparecer na TV

Cynthia Resende, presidente do TJ-BA, passa a ser a governadora da Bahia em exercício por sete dias

Brumado: Porteiro é preso acusado de facilitar a entrada de assassinos no Hospital Municipal

Motociclista fica em estado grave após atropelar pedestre em Guanambi

Confira os especialistas da semana na Clínica Mais Vida em Brumado

Homem é condenado a 12 anos de prisão por homicídio qualificado em Vitória da Conquista

Ao menos 57 pessoas ficam feridas após colisão entre trens na Argentina


Justiça suspende abate de jumentos no Brasil para exportação à China

Foto: Reprodução

A Justiça Federal decidiu suspender o abate de jumentos no Brasil para exportação à China. A medida foi tomada por 10 dos 13 desembargadores da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, na noite da última quinta-feira (3). Desde 2016, o Brasil passou a exportar a couro do animal para a produção de um remédio conhecido como ejiao, bastante popular na China. Não há comprovação científica de que ele funcione, mas, no país asiático, o ejiao é utilizado com a promessa de tratar diversos problemas de saúde, como menstruação irregular, anemia, insônia e até impotência sexual. Ele é consumido de várias maneiras, como em chás e bolos. Para fabricar o produto, os animais são recolhidos da caatinga e de zonas rurais do Nordeste em grande volume, sem que exista uma cadeia de produção que renove o rebanho, como ocorre com o gado. Ou seja, eles são abatidos em uma velocidade maior do que a capacidade de reprodução, o que acendeu um alerta de que a população de jegues pode ser eliminada nos próximos ano no Nordeste. 

A decisão do TRF-1 é mais um passo jurídico de uma ação que corre desde 2018, quando entidades de defesa do direito dos animais entraram com um processo solicitando a proibição. Em um primeiro momento, a Justiça da Bahia concedeu uma liminar proibindo os abates no Estado. Em 2019, porém, a medida foi suspensa por Kassio Nunes Marques, hoje ministro do STF e à época desembargador do TRF-1. Ele voltou a liberar os abates atendendo a um pedido dos governos estadual e federal, além prefeitura de Amargosa, onde funciona o maior frigorífico de abates de jegues do país. Nesta quinta-feira, a maioria dos desembargadores do TRF-1 refutou esse argumento, alegando que a prefeitura de Amargosa não conseguiu provar os supostos prejuízos econômicos provocados pela suspensão inicial do setor. "Não se demonstrou (no argumento) a existência de uma grave lesão à economia pública", afirmou o desembargador Carlos Eduardo Moreira Alves, que votou pela nova suspensão. Segundo ele, também não ficou ficou comprovada a existência de uma cadeia produtiva para abate no Brasil, o que coloca a espécie em risco. "Não há noticia de que haja rastreabilidade em cadeias de produção ou algo semelhante com que ocorre com o abate de gados", disse. Já o desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, que também votou pela suspensão, citou a importância cultural do jumento para o Nordeste brasileiro. "O que se vê nos autos é que a exportação é proveniente de um animal que está muito associado às nossa tradições, à nossa colonização e à nossa inserção no interior do Brasil", disse. A suspensão do abate vale para todo território nacional, mas ainda cabe recurso. Além disso, há outros processos na Justiça e investigações do Ministério Público sobre esse mercado.



Comentários

    Nenhum comentário, seja o primeiro a enviar.

Deixe seu comentário