Um ação conjunta da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) e do Ministério Público Estadual (MP-BA) prendeu, na manhã de sexta-feira (9), em Seabra, Chapada Diamantina, dois investigadores da Polícia Civil suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas. A prisão foi realizada por uma força tarefa liderada pela Corregedoria Geral, após a Justiça expedir mandados contra a dupla. Além dos investigadores, um empresário suspeito de integrar o grupo foi capturado por ordem judicial, e um quarto suspeito de participar da organização criminosa também foi preso na ação, após ser flagrado com drogas. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), a ação cumpriu ainda sete mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao grupo. Nos locais, equipes da SSP e do MP encontraram uma arma de fogo, munições, veículos e uma certa quantidade de maconha. Os investigadores estão custodiados na Corregedoria da Polícia Civil em Salvador. Os dois policiais civis preso eram lotados na 13ª Coorpin, em Seabra. A Polícia Civil da cidade descobriu, em junho de 2020, uma extensa plantação de maconha no povoado de Baixio da Aguada, na zona rural, com previsão de colheita de três toneladas da droga.
Policiais civis suspeitos de tráfico de drogas são presos na Chapada Diamantina
O MP destacou que os policiais teriam recebido uma proposta de R$ 220 mil para não incinerar toda a droga apreendida e não erradicar a plantação. "A negociação entre o traficante e os policiais foi realizada por um empresário local, que tem grande influência e livre trânsito nas dependências da referida unidade policial. Aceitando a propina, os policiais permitiram a colheita do restante das drogas, e ainda ajudaram a transportá-las dentro das viaturas da polícia, para armazenamento em propriedade rural do empresário, até que fossem finalmente enviadas para a cidade de Salvador", diz o MP-BA. Com isso, foram deferidos pela Vara Crime da Comarca de Seabra os pedidos de prisões temporárias dos dois policiais civis e do empresário, além de autorização para buscas e apreensões em endereços residenciais e outras propriedades dos investigados, bem como na sede da Coorpin. Cerca de 60 policiais civis e militares participaram da operação.
Comentários