Vacinas trivalente e tetravalente
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a imunização é a forma de prevenção mais efetiva contra a gripe e, para isso, existem dois tipos de vacinas contra a gripe: a trivalente e a tetravalente.2
A vacina trivalente protege contra três cepas do vírus influenza2. Para 2018, a OMS definiu a composição da vacina com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B (Yamagata).2 Ela é oferecida gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos postos de saúde para crianças de 6 meses a 5 anos de idade, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, indígenas, pessoas acima de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.
A vacina tetravalente está disponível na rede privada e possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria), o que significa 1 linhagem B a mais que as vacinas trivalentes.1,2 Sabe-se que as linhagens B foram responsáveis por quase 30% dos casos de gripe no ano de 2017.
Todos os anos a OMS recomenda as três cepas de influenza para as vacinas trivalentes e recomenda a linhagem B adicional que deve ser incluída nas vacinas tetravalentes2. Porém, é possível ocorrer um “mismatch” ou incompatibilidade de B, quando a cepa presente nas vacinas trivalentes, é significativamente diferente da linhagem que circula no ambiente.
A partir da campanha de 2018, a vacina influenza tetravalente da GSK, a Fluarix Tetra, estará disponível na rede privada para indivíduos a partir de 6 meses de idade.
A Anvisa aprovou, em 26 de fevereiro deste ano, a ampliação de uso desta vacina para indivíduos a partir de 6 meses de idade, tendo a mesma apresentação para crianças e adultos. 12
“A vacina tetravalente oferece uma proteção mais ampla. É como ter mais de um airbag no carro. A população pode ter uma maior proteção contra os vírus da gripe que estão em circulação”, comenta Dra. Bárbara Furtado.
Diferenças entre gripe e resfriado
A gripe e o resfriado são doenças respiratórias, mas são causados ??por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado comum, e os sintomas são mais intensos. As pessoas com resfriado são mais propensas a apresentar sintomas como nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacterianas ou hospitalizações. A gripe pode ter complicações associadas muito graves. Os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, dores musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço), sendo uma doença potencialmente fatal.
Febre Amarela e Gripe
Devido ao surto de Febre Amarela no país, é importante esclarecer para a população a possibilidade de imunização concomitante, ou em datas próximas, com as vacinas de Gripe (inativada) e Febre Amarela (atenuada):
1. Atualmente não existem estudos que avaliaram especificamente a possível interferência na resposta imune entre as vacinas de Febre Amarela e Gripe (Influenza).
2. Não existem evidências de que a administração concomitante da vacina de Febre Amarela com vacinas inativadas produza interferências nas respostas imunes e na segurança das vacinas, sendo elas aplicadas simultaneamente ou com qualquer intervalo e/ou ordem entre as administrações.
3. Estudos clínicos limitados demonstraram que a resposta imunológica gerada pela vacina de Febre Amarela não é inibida pela administração de outras vacinas simultaneamente ou com intervalos de 1 dia a 1 mês.
Sendo assim, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e outras entidades de saúde não exigem um período mínimo de intervalo entre as doses e não contraindicam a administração de vacinas inativadas simultaneamente ou em qualquer momento antes ou após a vacinação contra Febre Amarela. 14-20