Câmara dos Deputados deve votar nesta segunda-feira (19) o decreto de intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. A sessão no plenário está convocada para 19h. O decreto já está em vigor desde sexta-feira (16), quando foi assinado pelo presidente da República, Michel Temer. No entanto, para continuar valendo, tem que ser aprovado pelo Congresso Nacional. Pelas regras, a medida tem que passar primeiro pela Câmara. Se for aprovada, vai para o Senado. Com a intervenção, a área de segurança no estado do Rio, incluindo as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e o sistema carcerário, deixa de ser responsabilidade do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e passa a ser do governo federal. O interventor nomeado por Temer, o general do Exército Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, ficará no comando até o dia 31 de dezembro deste ano, conforme determina o decreto.
"Fuzis nas ruas do Rio de Janeiro ou seja lá onde for não vão resolver o problema, mas agravá-lo. As FFAA já participaram de operações no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, e de nada adiantou, foi inútil. A solução para os problemas de violência no país passa pela implementação de políticas sociais mais arrojadas que atendam ao menos às necessidades básicas das populações em situação de pobreza extrema, amenizando-lhes, de forma efetiva e duradoura, a dor da fome, da miséria e da exclusão social. O fato é que esta não é meramente uma intervenção federal decretada para combater o crime no RJ, mas um primeiro passo para uma intervenção federal em todo o país, o que suprimiria as eleições presidenciais deste ano e manteria no Poder os usurpadores - Temer e seu bando !! Parece ser este o plano do grupo político que assaltou o Poder: criar um clima de pânico e instabilidade crítica a fim de legitimar uma intervenção militar mais abrangente, que inclua todas as capitais, para assim permanecer no Poder sem o voto popular, suspendendo-se as eleições populares. É como se estivessem voltando a nós os fantasmas de um passado recente, protagonistas de um regime totalitário e sanguinário por 21 anos, o qual resultou na morte, tortura e desaparecimento de milhares de brasileiros que bravamente lutaram contra a tirania nefasta dos generais nos “anos de chumbo”. Um período de trevas e dor para o país, que começa a se desenhar outra vez no Brasil. "A história se repete como farsa", e cá estamos nós mais uma vez prestes a ingressar em um novo período de tormento, retrocesso e incertezas, marcado que poderá ser por dias ainda mais difíceis e sombrios para o povo brasileiro, com graves restrições de direitos civis, políticos e sociais à população. A democracia só se realiza de forma plena quando o povo está no comando. Mas pelo visto – Temer e seu bando – pretendem suspender as eleições presidenciais que se avizinham para se perpetuarem no poder sem o voto do povo nas urnas, o que seria, como de fato está sendo, um verdadeiro desastre para o país."