Cadeirantes encontram obstáculos e têm muitas dificuldades para transitar por calçadas em Brumado

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Em fevereiro de 2021, o site 97NEWS fez uma reportagem mostrando às dificuldades dos portadores de necessidades especiais para transitar por calçadas, já que se deparam com vários obstáculos pelo caminho (veja aqui). Embora a Prefeitura de Brumado exija que rampas sejam construídas nos estabelecimentos comerciais para melhorar a acessibilidade para cadeirantes, o próprio município não vem cumprindo o seu papel. Dinael dos Santos Oliveira nasceu com paralisia infantil, e desde então, sempre enfrentou dificuldades e a falta de acessibilidade no município. "A gente encontra dificuldades no comércio, nas ruas, nas praças, canteiros como este aqui da Avenida Centenário", disse. Ainda sobre a reportagem do ano passado, o site acompanhou a rotina da cadeirante Marizete Dias, 44 anos. O "passeio" começou na Rua Coronel Tibério Meira. Uma via com asfalto, mas na época os buracos e falhas prejudicavam a locomoção. “Minha cadeira de rodas elétrica que comprei à poucos meses já está praticamente estragada porque o asfalto não ajuda. Seria bom se todo o centro comercial fosse asfaltado”, reclamou ela na época.

 

Em 2021, a reportagem contou a história de Marizete Dias - Foto: Luciano Santos l 97NEWS

No entanto, após 1 ano e nove meses, a situação continua, e com agravantes, pois com a ação do tempo, canteiros centrais como o da Avenida Centenário, só piora. Para Dinael dos Santos Oliveira, é preciso que os gestores tenham uma ampla visão para os portadores de necessidades especiais, já que eles também pagam impostos. "É preciso que a gestão pública dê mais atenção à essas pessoas, somos consumidores, pagamos nossos impostos, somos geradores de empregos, já que tem tantos empresários cadeirantes. É uma visão de futuro, não só para os cedeirantes, mas para idosos, gestantes, crianças", argumenta. Outra reclamação dos cadeirantes de Brumado diz respeito aos banheiros públicos. "Os banheiros públicos da cidade já não atendem a população comum, agora imagina aos cadeirantes. As lojas também viu! Muitos estabelecimentos não atendem cadeirantes, não se adaptam à este público. Mas sabem, também somos clientes, consumidores", disse Oliveira.