Um tenente e um coronel da Polícia Militar são suspeitos de participar do esquema de fraude na campanha do desarmamento do Ministério da Justiça. O tenente e o coronel já foram ouvidos e liberados na quinta-feira (28).
De acordo com a investigação da Polícia Federal, o coronel, que já foi comandante do primeiro batalhão da Polícia Militar, tinha a senha para emitir as guias de pagamento do programa de desarmamento. Ele foi ouvido pela polícia e liberado após pagamento de fiança.
“Tanto o coronel como o tenente foram acusados também de crime, que é o crime de negligência, pelo fato de ter entregue a sua senha pessoal e intransferível para terceiros, mas volto a dizer, até o momento da investigação não há nada que comprove de que eles praticaram algum tipo de crime no sentido de obterem lucros dessa prática criminosa”, disse o delegado da Polícia Federal, Wal Goulart, que investiga o esquema de fraude contra o sistema nacional de desarmamento do Ministério da Justiça.
A investigação da Polícia Federal, que durou três meses, apurou que das 8.800 armas de fogo que geraram indenizações no sistema de desarmamento do ministério da Justiça, 4 mil não existiam e outras 4.400 eram de fabricação artesanal e por isso não deveriam ser indenizadas pelo programa. As indenizações variavam entre R$ 150 e R$ 400. Segundo a polícia, a fraude gerou um prejuízo de um R$ 1,3 milhões.