Brumado: PLs polêmicos seriam uma estratégia para desviar o foco da UTI?

(Fotocomposição: 97NEWS)

As fortes manifestações populares que aconteceram na última quinta-feira (02) na Câmara de Vereadores de Brumado, com a participação maciça de vários segmentos sociais, dando uma das maiores assistências da história da Casa Legislativa continuam repercutindo na cidade. Nas redes sociais, o descontentamento é muito forte, tanto que algumas postagens chegam a ser agressivas contra o prefeito Eduardo Lima Vasconcelos (PSB), que segundo a grande maioria das pessoas, estaria agindo de uma forma antidemocrática e, ainda por cima, querendo colocar “goela abaixo” alguns projetos de lei que poderiam causar prejuízos sociais, além de que, os mesmos seriam inconstitucionais. Toda essa “balburdia” formada, que criou um clima de tensão que só vem aumentando, pode gerar uma manifestação ainda maior, já que foi confirmado pelo presidente da Câmara de Vereadores de Brumado, Léo Vasconcelos (PDT), que os projetos de lei irão retornar à pauta na sessão da próxima segunda-feira (06). Dentro deste contexto, uma nova leitura está sendo feita por alguns líderes políticos locais, que presumem que toda essa “confusão” seria uma estratégia do chefe do executivo para desviar o foco do principal anseio da comunidade brumadense que é a instalação e o pronto funcionamento da UTI de Brumado, que foi a principal promessa de campanha e que ainda estaria longe de ser concretizada. Rumores dão conta que até os equipamentos que foram passados pelo Governo do Estado seriam transferidos para Guanambi, já que, pelo menos nesse momento, devido à dificuldade e a burocracia encontradas para a formação do consórcio regional, Brumado, terá que esperar mais pela sua tão sonhada UTI. As especulações de que, para tirar o foco da principal urgência do município, - pelo menos no âmbito popular -, o prefeito estaria colocando esses projetos polêmicos para votação, cresce nos corredores da política local e somente o tempo irá desvendar esse mistério. Agora, pelo menos no campo da racionalidade, o funcionamento da tão esperada UTI deve demorar e, pelo andar da carruagem, pode ser que nem neste ano aconteça. Especialistas da área de saúde acreditam que isso só acontecerá em 2018, que é ano eleitoral, onde o empenho dos governantes deverá ser muito maior nesse sentido.