CDL de Brumado pressiona para que barracões de roupa na feira não sejam liberados alegando concorrência desleal; administração municipal discorda

Os barracões de roupas estariam praticando concorrência desleal segundo o CDL (Foto: Carlos Silva | 97NEWS)

Um impasse que se estabeleceu entre a CDL de Brumado e os Barracões de Roupas que comercializam os seus produtos nas sextas-feiras agora volta à cena, já que uma nova administração se iniciou. Segundo informações colhidas pelo 97NEWS, o CDL teria buscado uma nova abertura de diálogo com o Poder Executivo no sentido de que os alvarás para os referidos barracões não sejam liberados sob a alegação de concorrência desleal, já que os preços praticados pelos barracões são bem abaixo do comércio normal. Diante deste impasse, nós entramos em contato com o diretor do Mercado Municipal, Manoel Gonsalves “Patinha”, o qual relatou que “os comerciantes de Brumado fizeram um manifesto pedindo para que os barraqueiros de outras cidades, como Caetité, São Paulo, Pernambuco fossem retirados do local com alegação de concorrência desleal”. Ele continuou argumentando que “os camelôs pagam as taxas, são cadastrados, pagam em dia taxa de uso do solo e chegam a pagar ao ano o valor de R$ 800. Então não tem o que reclamar dos vendedores de roupas que estão aqui. Vale ressaltar também que após os barracões o movimento na feira livre de Brumado cresceu muito”.
 

O movimento na Feira Livre depois dos barracões de roupa aumentou muito (Foto: Carlos SIlva | 97NEWS)


Ouvimos alguns dos comerciantes e consumidores que relataram a sua defesa:


O comerciante Renato Ribeiro, de Caetité disse que "a feira de Brumado é muito boa, o comerciante gosta de comprar nos barracões porque os preços não são absurdos."


O vendedor João Paulo Costa, também de Caetité diz que “a um ano vende na área do mercado municipal e não tenho do que reclamar”

Já a consumidora Alana de Almeida elogiou a qualidade do material e o preço das roupas. "Toda sexta-feira venho para cá as 5 horas da manhã só para comprar roupas para os meus filhos”, relatou.
 

A malhadense Damiana Coelho vem toda sexta para comprar na feira e revender em sua loja da cidade. "Eu compro aqui blusas, calças, shorts e roupas femininas para revender em minha pequena loja em Malhada, revendo com um valor de 40% a mais do que em compro aqui, e ainda lucro com isso".
 

João Alberto dos Santos vem de Lagoa Real para comprar roupas a cada 40 dias para seu uso no dia-dia. "As lojas de Brumado vendem em um valor absurdo, tem roupas que são vendidas com um valor de 200% a mais do valor do custo real e nos barracões o preço para o consumidor de classe baixa e média cabe direitinho no bolso"

Manoel Patinha (Foto: 97NEWS Conteúdo)