Exclusivo: Pai do menino Emerson Kauã rompe silêncio e fala sobre a morte brutal do seu filho

(Composição: 97NEWS)

A morte do pequeno Emerson Kauã de apenas 10 anos de idade é considerada um dos casos de maior repercussão de todos os tempos da página policial brumadense. O crime que aconteceu a cerca de dois meses, continua sem solução, apesar dos esforços da Polícia Civil em desvendar o crime. O 97NEWS vem acompanhando de perto o caso e, desta vez, falou com exclusividade com o pai do menino, Gilmar de Oliveira Souza (32), o qual rompeu o silêncio e fez abordagens contundentes. Confira a entrevista feita pelo radialista Carlos Silva:

 

97NEWS: Dia 21 deste mês fazem dois meses da morte de Kauã. Nos explique como era Kauã?

Gilmar de Oliveira Souza: Kauã era um menino muito alegre, brincalhão, gostava muito de desenhar, era um menino que gostava de animais e pintar, seu maior sonho era ser veterinário, era um menino sonhador.
 

97NEWS: No dia que ele sai de sua casa, os vizinhos falaram que ele saiu para comprar tinta, isso é verdade?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Segundo os vizinhos, ele saiu para comprar tinta, e ele não voltou, os  vizinhos foram procurar e não o encontraram. É só isso que posso falar, pois não estava em Brumado no dia"
 

97NEWS: Como era o convívio familiar entre vocês?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Era um convívio muito alegre, não tinha diferença nenhuma com o próximo, os dois irmãos brincavam sempre, ele era um menino muito carinhoso.
 

97NEWS: Como está sendo a vida de vocês sem a presença do Kauã?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Está sendo muito difícil e a cada dia que passa sentimos mais saudades dele, a irmã dele todos os dias pergunta por ele, e a saudade vem à tona e nos consome. (Nesse momento ele chora).  
 

97NEWS: Já vão fazer dois meses do episódio trágico, a Polícia diz que está empenhada, nós temos dois laudos para saírem, as câmeras não registraram a passagem dele, o que vocês esperam daqui para frente?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Como você falou, nós tínhamos esperanças nas imagens da câmera, mas fomos informados que as câmeras não filmaram, apenas monitoram o comércio local, agora é esperar o laudo cadavérico, para sabermos o que aconteceu. Eu já não aguento mais, esse tormento e espero que a Polícia venha a solucionar o caso o mais rápido possível para que não caia no esquecimento.
 

97NEWS: Você como pai, o que você acha que aconteceu naquele dia?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Eu não imagino o que possa ter acontecido, não tenho inimigos, nunca tive inimigos, minha vida sempre foi trabalhar, sempre ajudei o próximo."
 

97NEWS: Como era o relacionamento de Kauã com os outros meninos do Bairro?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Meu filho não tinha convivência com os garotos do bairro, ele vivia dentro de casa, ele gostava de desenhar e de animais, então a convivência dele sempre foi ficar dentro de casa, ele só saia com a madrasta.
 

97NEWS: Vocês imaginam quem poderia ter feito uma barbaridade dessas de tirar a vida do seu filho de uma forma tão cruel?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Não sei nem o que lhe responder. Eu deito a noite, ponho a cabeça no travesseiro e fico pensando onde foi que eu errei, isso é muito estranho, o que aconteceu com meu filho. É um mistério que precisa ser explicado.
 

97NEWS: O que você espera da Polícia Civil sobre a morte de Kauã?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Eu quero que eles continuem investigando e quero uma explicação porque fizeram isso com meu filho, quero saber quem foi o autor deste crime. Acho que não só eu, como todos os brumadenses.
 

97NEWS: Como era o relacionamento da madrasta com o Kauã?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Eu não tenho o que falar dela, porque ela sempre tratou ele como filho, a 7 anos moro junto com ela e nunca vi um erro dela, ela sempre foi uma supermãe, ele nunca me falou nada sobre ela."
 

97NEWS: Da forma que ele foi encontrado, você acha que foi vingança ou ritual?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Imagino tanta coisa, mas não vejo motivo de ser vingança ou magia negra, repito, meu filho, não convivia nas ruas, era um menino calmo e carinhoso."
 

97NEWS: Qual a mensagem que você deixa a todos os brumadenses neste momento?
 

Gilmar de Oliveira Souza: Eu queria agradecer ao site 97NEWS por estar dando esta força para que ocaso seja resolvido e ao radialista Carlos Silva (Kaká) também. Peço aos brumadenses que me ajudem, se souberem de alguma informação, liguem para a Polícia, não precisa se identificar, é só ligar no 190, e falar o que você viu. Não deixe a morte do meu filho ficar impune, as câmeras não filmaram, mas tenho certeza que alguém do Bairro Malhada Branca viu Kauã passando, por favor me ajudem. Eu peço justiça.