Brumado: Em assembleia, APLB decide por indicativo de greve

O sentimento foi de indignação com a postura adotada pela atual administração municipal (Foto: 97NEWS)

A queda de braço que acontece todos os anos entre a APLB e Administração Municipal, neste ano de 2017, deve ser muito mais intensa, pelo menos essa é a impressão que foi deixada na assembleia extraordinária realizada pelo sindicato na noite desta quarta-feira (15) no Clube do Sindicato dos Mineradores. Com uma forte presença dos professores, que lotaram as cadeiras, a direção da entidade discutiu a pauta marcada que tratou da campanha salarial e outros temas inerentes à entidade. Agora o ponto principal da reunião foi a aprovação unanime do indicativo de greve, já que a insatisfação contra a postura da atual gestão municipal foi patente. Segundo a direção da APLB  foi enviado um ofício assinado pelo secretário de administração João Nolasco, no qual fica explícita a posição da gestão em não reconhecer o sindicato como legítimo representante dos professores e profissionais da Educação, pois no entendimento administrativo, esse reconhecimento é dado ao Sindsemb. 

 

A assembleia contou com uma grande presença dos professores (Foto: 97NEWS)


A leitura da entidade a esse posicionamento foi totalmente negativa, pois, com o não reconhecimento, a contribuição sindical que é descontada mensalmente dos salários dos filiados não será mais repassada para a APLB, então, diante disso, a leitura é que a administração municipal quer acabar indiretamente com o sindicato, pois o mesmo ficaria sem dinheiro para custear as despesas. Muitos integrantes não esconderam a indignação e alegaram que é uma decisão unilateral e truculenta e que fere os princípios democráticos da escolha pessoal. A APLB espera que o município volte atrás em sua posição e que abra um diálogo produtivo para que a Educação venha a evoluir ainda mais no âmbito municipal, mas, caso isso não aconteça, a greve será inevitável. Outro embaraço é a ampliação da carga horária de 13 aulas semanais, que é aprovada pelo MEC, que passaria a 15 aulas por semana, o que também gerou insatisfação dos professores. Será realizada no início de março outra assembleia, na qual poderá se estabelecer o início do processo paredista, caso, até lá, as negociações não evoluam. 

(Foto: 97NEWS)