Estudo mostra que crise fez economia da Bahia retroceder seis anos

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Os dois anos de recessão que o país amargou em 2015 e 2016 fizeram a economia da Bahia, de outros 11 estados e mais o Distrito Federal (DF) retroceder ao patamar do início da década. É o que mostra estudo da Tendências Consultoria Integrada. De acordo com as projeções do economista Adriano Pitoli, o Produto Interno Bruto (PIB) de todas as 27 unidades da federação encolheu neste biênio. E, para 13 delas, o tombo foi tão grande que anulou a expansão vivenciada entre 2011 e 2014. Ou seja, o PIB desses estados e do DF está hoje de um tamanho menor do que o registrado ao fim de 2010. Segundo os cálculos da Tendências, as perdas mais expressivas ocorreram nos quatro estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), no Rio Grande do Sul e Paraná, no Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e na Bahia, além do Distrito Federal. Ou seja, o estudo da Tendências mostra que a recessão que atingiu o Brasil foi disseminada, afetando tanto as regiões mais ricas do Sudeste e do Sul, como estados do Nordeste. Na classificação por estados, o PIB da Bahia em 2016 ficou em -6,4%. Em 2015, o número era -2,7%. Seca – No Nordeste, a forte seca que castigou a região nos últimos anos também contribuiu para derrubar a economia. Segundo Alan Malinski, assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), uma das regiões mais afetadas foi a do Matopiba, que inclui áreas de plantio de soja, milho e algodão do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Mesmo com aumento da área plantada e investimentos em tecnologia, esses estados tiveram quedas no valor bruto da produção entre 8% e 44% na safra 2015/2016.