Brasil: Candidatos receberam doações de campanha de mortos nas Eleições 2016

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De todas as doações de campanha realizadas nas eleições municipais de 2016, mais de R$330 mil foram doados por pessoas que aprensentam irregularidades cadastrais, incluindo informações de óbito, CPF cancelado ou inexistente. Foram contabilizados 238 doadores neste perfil. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou os dados para a Secretaria da Receita Federal do Brasil na última segunda-feira (19). Cerca de 13 candidatos receberam doações de pessoas que se enquadram nesta categoria. Os dez maiores doadores teriam fornecido pelo menos R$ 5 mil cada para a campanha escolhida. Além disso, 133 candidatos receberam doações de pessoas sem capacidade econômica. Os 50 maiores doadores somaram um valor de contribuição a campanhas de R$ 11,8 milhões, enquanto os cinco maiores destes somam R$ 7,4 milhões. Um dos concorrentes recebeu valores de 19 pessoas físicas que não teriam condições, mas doaram o valor de R$1 mil cada. Durante a campanha eleitoral, os candidatos utilizaram o dinheiro da doação para melhorias nas campanhas. Segundo os dados dos TSE e da Receita Federal, 212 fornecedores teriam prestado serviços para um candidato ou vice que possuem ligação. Foram gastos mais de R$ 840 mil nessas condições. O caso com maior valor de despesas acumulou R$ 140 mil. Também houve casos investigados sobre a doação de servidores públicos que não possuem capacidade econômica. O TSE identificou 22 prefeituras que tiveram doações de 50 ou mais funcionários para um mesmo candidato em um município com 60.000 habitantes. Este foi o primeiro ano em que empresas não puderam doar nenhum valor para os candidatos das eleições municipais. Todo o dinheiro recebido pelos concorrentes deveria vir de pessoas físicas que desejassem contribuir com determinada campanha. A decisão visa evitar que grupos econômicos influenciassem na decisão das eleições.