Malhada de Pedras: ASFAB agradece a todos pelo sucesso do 2º Seminário sobre Tecnologias Sociais

Foto: Asfab

O município de Malhada de Pedras, na região sudoeste da Bahia, sediou, no último mês de junho, o 2º Seminário “Tecnologias sociais: implantações que vem transformando o semiárido, com autonomia e direito”. O evento foi organizado pela Associação dos Agricultores Familiares Camponeses da Bahia (ASFAB), que há 15 anos desenvolve um trabalho em favor do homem do campo, na luta pela convivência com a seca. O seminário contou com a presença do secretário de Justiça e Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do estado, Geraldo Reis, da coordenadora de água para produção da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Camila Santos, do representante da ASA Bahia e suplente de deputado estadual, Mario Jacó, do coordenador de projetos e do representante técnico da ASFAB, respectivamente, Márcio Aguiar e Evânio Oliveira. Entidades sociais e autoridades municipais e da região também estiveram presentes no encontro, que contou com a participação de centenas de agricultores de diversos municípios. “O objetivo deste seminário foi discutir os avanços e também os resultados que ao longo desses anos a gente vem construindo, na perspectiva da convivência com o semiárido, a partir das políticas públicas”, destacou Aguiar. O seminário marcou a entrega de 704 cisternas de consumo para captação de água da chuva para o consumo humano e de 250 tecnologias de água para produção, distribuídas para 12 municípios da região. “E o momento de afirmamos a nossa caminhada na construção dessa políticas, provocamos o nosso governo a continuidade desses programas que vem melhorando a vida do nosso povo, uma dessa e a continuidade do programa cisternas, onde temos  muitas famílias que não tem o acesso dessa política ” destacou Oliveira. Na oportunidade foi entregue pelo supervisor técnico da ASFAB, Evânio Oliveira os cadastros das famílias que não tem cisterna para o consumo humano do município de Malhada de Pedras.
 


O agricultor Valdeci de Souza Lima, 55 anos, veio de Brejinho Velho, no município de Condeúba, para receber a cisterna de consumo. “Essa cisterna para nós foi uma grande benção, vai ajudar muito, porque a gente não tem água encanada em casa”, contou ele, que paga, por mês, R$ 150 para trazer água da cidade até a casa dele. O agricultor Urandi Rodrigues Silva, 53, também está feliz com a conquista. Ele veio da zona rural de Guajeru para receber a tecnologia com capacidade para armazenar até 16 mil litros de água. “Devo obrigação, primeiramente, a Deus e depois a ASFAB, porque foi através deles que nós vamos ter esse grande benefício em casa”, explicou. “Minha mulher toda semana tem que levar uma trouxa de roupa na cabeça para lavar no tanque e, agora, a água vai estar dentro de casa, na torneira”, comemorou o agricultor. O secretário Geraldo Reis utilizou o cenário do evento – a maquete de uma propriedade rural, com cisternas, plantações e energia - para destacar a nova conjuntura da agricultura familiar. “Isso simboliza não uma cisterna de produção ou de consumo, mas um novo conceito de vida rural, de agricultura familiar; uma nova visão de convivência com o semiárido, da pequena economia, da economia solidária, que busca sua  auto sustentação”, disse Reis. “Nós estamos falando de vidas humanas, de mãos calejadas de pessoas que acordam cedo para pegar na labuta, para tratar a terra, para cuidar dos animais, para colocar as crianças para ir à escola”, finalizou o representante da pasta. O secretário Geraldo Reis aproveitou para fazer um compromisso que será construídas 100 cisternas para o consumo humano no município de Malhada de Pedras. Para Camila Santos, que na ocasião representou o secretário de Desenvolvimento Rural da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o seminário foi um momento de muito significado para os agricultores. “É a concretização de um sonho dos nossos camponeses, é o direito ao acesso à água sendo garantido pelo estado, algo que foi negado durante anos e só agora tem sido efetivado pelo esforço do governo da Bahia, em primeiro lugar, e pela parceria com as organizações da sociedade civil. E, é claro, pelo esforço também das próprias famílias da zona rural que percebem que são sujeitos de direito e os reivindicam”, disse. Durante o seminário, foram exibidos vídeos de agricultores, que já foram comtemplados com as tecnologias sociais implementadas pela ASFAB, com o apoio dos governos federal e estadual. Eles relataram as mudanças que os benefícios proporcionaram à vida no campo. O evento contou, ainda, com apresentações culturais e exposição de materiais de associações e particulares.   Por Anderson Ferreira-ASFAB

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