'Revolta do Colchão': ‘Queremos trabalhar, mas a corrupção não deixa’, gritam indignados postulantes a um emprego no parque eólico de Brumado

A turma da 'Revolta do Colchão' está indignada, pois está acampados há vários dias na frente do SAC e dizem que muitos já estão sendo chamados por indicação política (Foto: Marcos Paulo / 97NEWS)

A marca encravada da corrupção no país começa a promover de forma mais acentuada um clima de revolta em todos os brasileiros. Um dos efeitos mais nefastos na sociedade produzidos pela nefasta “putrefação” do sistema é o desemprego que vem atingindo níveis devastadores, fomentando a pobreza e também a criminalidade. Dentro dessa perspectiva negativa ainda surgem alguns fatos que devolvem a esperança do povo, como está acontecendo agora em Brumado, onde se iniciará a execução do parque eólico, gerando cerca de 2 mil postos de trabalho. Foi só ser aberto o início das inscrições para os postulantes que uma verdadeira “via crucis” se formou na porta do SAC de Brumado, já que as fichas teriam que ser preenchidas primeiramente no SineBahia, órgão que está agregado ao complexo do serviço de atendimento ao cidadão. O que chama a atenção e vem comprovar o alto índice de desemprego em Brumado e região é que um número elevado de pessoas veio fazer a inscrição e com isso se criou um verdadeiro “acampamento” em frente o órgão. A reportagem do 97NEWS que foi a primeira a registrar essa “busca frenética”, voltou ao SAC na manhã desta quarta-feira (09) e registrou um clima num misto de inconformismo, revolta e humilhação, já que várias pessoas afirmaram que estava na fila a cerca de dez dias, inclusive dormindo em colchões que eles trouxeram de casa. A maior revolta seria que eles estariam sendo feitos de bobos, porque todos os dias entram pelas portas do órgão na esperança de serem chamados e o que ouvem é “volte amanhã”, mas, informações de bastidores dão conta que inúmeras vagas estão sendo preenchidas por indicação política. Um deles mais exaltado disparou que “isso é mais uma prova que a corrupção dominou o Brasil, pois dormimos aqui todos os dias e tem gente que nem aqui veio e já está sendo chamado para fazer os exames por ter um pistolão. É revoltante uma coisa dessas, um total desrespeito com a população”.