Chapa, Vida Sofrida : Carregadores relatam ao 97NEWS o sofrimento da profissão

Os 'chapas' não negam o sofrimento da sua atividade laboral (Foto: Marcos Paulo / 97NEWS)

Existem profissões e profissões, algumas que são fáceis, outras que são difíceis, dentre as que estão enquadradas no rol do sofrimento está a de carregador, o popular “chapa”, que fica na beira das rodovias esperando as carretas para serem carregadas e descarregadas. Em Brumado, os “chapas” têm um dos pontos principais na saída para Vitória da Conquista, na BA-262. Pelo levantamento feito no campo existem cerca de 45 carregadores divididos em 3 pontos na cidade, os quais se dividem em turnos. O repórter Marcos Paulo falou com três deles no final da manhã desta quinta-feira (03), Sebastião Batista Passos (49); Domingos Massena Santos (46) e Frankstein Silva (52), os quais relataram o sofrimento da profissão. Segundo eles a situação beira a escravidão, já que não existem as mínimas garantias trabalhistas, além do fato do serviço ser muito pesado, causando prejuízos físicos, o qual, na grande maioria das vezes é realizado debaixo de um sol escaldante. Ainda segundo eles os ganhos mensais podem chegar à casa dos R$ 1mil, mas isso quando o movimento é bom, porque em épocas como o Carnaval, Páscoa e São João existe uma queda acentuada ficando-se várias dias sem trabalho. Eles também reclamaram de perseguição como as que estão sofrendo por parte de um empresário que mandou até cortar a árvore que eles se abrigavam do sol, obrigando-os a instalar uma lona e fazer uma espécie de "escritório" que tem até um sofá velho (foto abaixo). Eles também se dizem vítimas de agressões por parte de policiais, que não os veem como bons olhos.