Os dispositivos móveis estão ganhando a batalha: sua proliferação no mundo foi tal que em 2020 o número de pessoas com pelo menos um deles será maior que as que terão água portável, eletricidade e automóveis, segundo previsões da empresa de tecnologia Cisco. Os usuários de dispositivos móveis, incluindo os "phablets" (híbrido entre telefone e tablet), chegarão nesse ano aos 5,4 bilhões, 70% da população estimada para daqui a cinco anos, indica o estudo "Visual Networking Index - Global Mobile Data Traffic Forecast", publicado recentemente pela empresa dos Estados Unidos. O número é superior às projeções para as pessoas com acesso a alguns serviços públicos, como eletricidade (5,3 bilhões) e água potável (3,5 bilhões), ou de outros bens de consumo como os automóveis (2,8 bilhões), segundo a companhia. A Cisco calcula que em cinco anos haverá 11,6 bilhões de celulares, dispositivos móveis e conexões, frente aos 7,9 bilhões de 2015. Deles, 67% serão "inteligentes", contra 36% em 2015. Segundo a Cisco, em cinco anos, os celulares serão responsáveis pela maior quantidade do tráfego na internet, com 72% do total. A América do Norte será a região com maior penetração e terá o maior número de conexões por meio de aparelhos móveis (95% dos registros), seguida de perto pela Europa Oriental (86%), Europa Ocidental e Central (84%), Ásia e Pacífico (72%), América Latina (70%) e Oriente Médio e África (52%). "A mobilidade é o meio predominante que está permitindo a transformação digital global", destacou em comunicado Doug Webster, vice-presidente de Marketing para Provedores de Serviços da empresa americana. Segundo relatório, smartphones, notebooks, tablets e "phablets" responderão por 98% do tráfego móvel de internet. A velocidade também será um elemento que apresentará uma explosão exponencial nas redes móveis, pois, segundo o estudo, aumentará 3,2 vezes a partir deste ano, de 2 Mbps (Megabits por segundo) para 6,5 Mbps, em 2020, graças às redes 4G, cujo tráfego crescerá 13 vezes nesse período.
Em 2020 haverá mais pessoas com celular do que com água, diz estudo
(Foto Ilustrativa)