Movimento de Mulheres Camponesas e ASFAB realiza 1º Seminário Estadual da Bahia

Foto: Divulgação

Debaixo de sol ardente e calor intenso mulheres camponesas com mochilas nas costas e bandeiras erguidas chegam a Riacho de Santana para o 1° Encontro Estadual do Movimento de Mulheres Camponesas da Bahia. Entre os dias 22 a 24 de outubro, 300 mulheres camponesa de todas as regiões do estado da Bahia e também do Distrito Federal, Goiás, Espirito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, se reuniram no Centro de Treinamento de Lideranças de Riacho de Santana para discutir o tema “mulheres camponesas produzindo alimentos saudáveis, promovendo saúde e soberania alimentar”.

 

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A abertura do encontro se deu com a animação e a acolhida das delegações. Em seguida houve a mística de abertura com reflexões sobre a importância da auto-organização das mulheres para a libertação e quebra das correntes da opressão, da desigualdade e da violência contra a vida das mulheres e o papel das camponesas para a produção agroecológica. Dando continuidade, a mesa de abertura foi composta por representantes do MMC estadual e nacional, ASFAB,SDR além de lideranças parceiras e autoridades. Essa mesa, justamente com a análise de conjuntura reforçou a importância das mulheres se auto- organizarem. Para o coordenador de Projetos da ASFAB, Márcio Aguiar:“ esse momento de encontro fortalece os três eixos do nosso movimento, a formação, as lutas e a organização de base ”.para coordenadora nacional Catiani Cinelli aponta a necessidade de fortalecer e ampliar os grupos de base e o MMC na Bahia, um dos estados com maior numero de camponeses e camponesas do Brasil. Já para Rosângela Piovizani da coordenação nacional, temos dois modelos de agricultura em disputa no Brasil, o agronegócio e a agricultura camponesa agroecológica, os quais não podem conviver harmonicamente. Rosângela acrescentou também que “vivemos um momento de ofensiva aos direitos da classe trabalhadora, em especial o ataque à saúde pública e à previdência social”, ambas conquistas de longas lutas dos movimentos populares. Para impedir estes retrocessos devemos seguir mobilizados e nas ruas.

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