Advogada procurou ministro do STF para ajudar membro do PCC

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A advogada de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) contou para seu cliente que se reuniu com um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e que ele teria se comprometido a avaliar o caso do criminoso. A conversa foi revelada em uma escuta telefônica que compõe a investigação do Ministério Público de São Paulo sobre a facção. O diálogo entre a defensora Lucy de Lima e Edilson Nogueira, conhecido como Birosca, foi gravado em 2010. O objetivo do encontro era tentar autorização para migrar o condenado do regime fechado para o semiaberto. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo. No entanto, a tentativa não prosperou. Segundo ela, o ministro teria solicitado mais informações sobre o processo. A advogada não foi localizada. Caso a Justiça reverta a decisão que rejeitou o pedido de prisão de 175 integrantes da facção, o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, afirmou não temer uma nova onda de ataques do PCC. Em 2006, cerca de 500 pessoas morreram em uma onda de ataques comandada pelo grupo, que movimenta cerca de R$ 120 milhões anuais com tráfico de drogas e mensalidades. A Justiça rejeitou a prisão, mas tornou réus 161 suspeitos de integrar o PCC que respondem a ação por tráfico e formação de quadrilha. A investigação durou três anos e meio.