Avô faz grave denúncia de negligência do HMPMN: Minha neta iria morrer se não fosse transferida

O agricultor Aparecido Dias de Barros está indignado com o que aconteceu com sua neta (Foto: Marcos Paulo / 97NEWS)

O agricultor Aparecido Dias de Barros, de 59 anos, morador da Fazenda Baixa Grande, procurou a redação do 97NEWS para relatar uma situação muito grave que envolve, segundo ele, um grande ato de negligência do Hospital Magalhães Neto. Num tom de desespero ele iniciou explicando que “minha neta Nicole de 15 anos deu entrada no hospital no dia 28 de junho, um domingo, com uma forte suspeita de dengue hemorrágica. Passados alguns dias o quadro se agravou muito e foi feito um pedido para transferência para uma UTI, só que houve uma forte resistência por parte do Dr. Joaquim que garantiu que o quadro não era preocupante” e ainda mais irritado continuou dizendo que “quando chegou na quinta-feira, quase uma semana depois, ela estava muito mal, com o corpo todo inchado, ai entrei em contato com Dra. Rita que ao ver a situação dela fez o maior escarcéu para que ela fosse transferida imediatamente ou se não ela iria morrer, porque as plaquetas estavam muito baixas”. Tomando fôlego ele deu sequência a sua narrativa observando que “quando foi umas 9 horas da noite foi conseguida a transferência para Itapetinga e ela foi levada pela ambulância. Chegando lá foi constatado um quadro grave de negligência, pois ela correu um risco muito grande de morrer, mas, graças a Deus e a Dra. Rita ela, após 4 dias de UTI está recuperada”. Para finalizar ele ainda citou que “mas ainda não acabou, pois quando ela teve alta foi comunicado ao hospital daqui para enviar uma ambulância para ir buscar minha neta em Itapetinga, mas o secretário Claudio disse que não ia mandar nem ambulância nem carro, pois ela poderia voltar muito bem de ônibus. Agora eu pergunto pra vocês, como que uma adolescente que estava à beira da morte poderia vir de ônibus. Foi ai que liguei para o prefeito e ele disse que iria resolver a situação, foi ai que mandaram o carro”. E finalizou num tom de desabafo questionando que “como que se faz uma coisa dessas, em jogar a nossa saúde na lata do lixo? Como podemos ficar sem um deputado que nos represente, pois os espertalhões, os copa do mundo, vêm aqui na época das eleições, fazem acordo com um vereador que consegue um monte de votos e eles nunca mais aparecem por aqui. O povo tem que aprender a votar em quem os represente, mas parece que o povo de Brumado gosta de sofrer, pois ainda não aprendeu essa lição”.