Justiça italiana adia para setembro decisão final sobre extradição de Pizzolato

O conselho do estado italiano marcou para o dia 22 de setembro uma nova audiência para avaliar o processo de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, condenado pela Justiça brasileira por envolvimento no processo do mensalão. O argumento da segunda e última instância da Justiça administrativa italiana é que as garantias apresentadas pelo governo brasileiro não foram suficientes para que Pizzolato cumpra pena em presídio brasileiro.O Ministério da Justiça italiano tem 60 dias para certificar que as garantias de direitos humanos apresentadas pela Justiça brasileira sejam válidas. Com isso, o processo de extradição de Pizzolato, que cumpre pena em Modena, fica suspenso até setembro.A decisão do Conselho de Estado italiano frustrou as expectativas de uma definição, que seria dada nesta quarta-feira sobre a situação do ex-diretor do BB.Pizzolato estava com a extradição marcada para o dia 15 deste mês. Dois dias antes, entretanto, seus advogados apresentaram recurso pedindo novamente o cumprimento da pena de Pizzolato, que também tem cidadania italiana, na Itália. Os advogados usaram como argumento que uma eventual extradição descumpriria um acordo firmado entre o Brasil e a Itália, que daria amparo à decisão de Pizzolato permanecer cumprindo a sua pena na Itália.

Agência Estado