Atraso em repasses a construtoras paralisa 193 obras na Bahia; Brumado está na lista

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Mesmo o governador Rui Costa tendo colocado a educação como a prioridade de sua gestão, o governo não está conseguindo pagar  69 pequenos construtores contratados para realizar 275 obras, a maioria em grupos escolares, em 129 municípios baianos. Resultado: as intervenções em 193 unidades foram paralisadas porque as empresas não recebem recursos desde dezembro prejudicando milhares de pessoas. As obras são  de ampliação e reforma de escolas, postos de saúde e penitenciárias, entre outras. A dívida gira em torno de R$ 200 milhões. A maior parte dos recursos é oriunda do Ministério da Educação/Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (MEC/FNDE), ou seja, é a chamada “verba carimbada”. A Procuradora da República Flávia Arruti, que investiga o caso, informou através de e-mail que o inquérito aberto no MPF apura o atraso das obras dos colégios estaduais Paulo Américo Oliveira, Abílio César Borges e Luís Tarquínio, todos situados em Itapagipe. Ao Ministério Público o FNDE e Secretaria da Educação explicaram que as obras do Paulo Américo foram concluídas, as do Abílio César estão com 96,84% de execução e as do Luís Tarquínio com apenas  30,21% de execução. “O MPF vai analisar as razões do atraso, se houve dolo ou culpa dos responsáveis, se houve prejuízo ao erário federal e, com base em tais informações, adotar as providências cabíveis, que pode ser a continuidade do acompanhamento da execução do convênio, ou a responsabilização daqueles que deram causa ao atraso”. Brumado faz parte da lista, constando uma obra em atraso.