A enfermeira responsável por cuidar do ex-técnico Zagallo em seus momentos finais abriu uma ação por assédio moral contra o filho caçula do ídolo. No processo, ela pede R$ 328.115,27 da Justiça. Zagallo morreu em janeiro deste ano, aos 93 anos de idade. A enfermeira diz que estava no hospital cuidando dele até o dia da morte. Ela ingressou com a ação em abril, cobrando FGTS, multa, 13º, férias proporcionais e vencidas, diferenças salariais, verbas rescisórias, horas extras e indenização por assédio moral. Segundo a enfermeira ao UOL, durante a pandemia, a funcionária da limpeza deixou de ir ao apartamento. Então, ela passou a ter que realizar serviços além do seu escopo, como limpeza do banheiro, passar roupas e preparo das refeições de Zagallo. Tudo isso diante de um ambiente de trabalho “hostil e humilhante”. Em sua versão, o filho de Zagallo dava “ordens agressivas” para o cumprimento das novas obrigações, “muitas vezes acompanhadas de gritos”. Ela mencionou que, em um grupo de WhatsApp feito pelo empregador, Mario Cesar passou a fazer comentários depreciativos. Começou a sugerir que a enfermeira deveria realizar tarefas extras enquanto Zagallo dormia, além de expor vídeos de sujeira no banheiro com acusações de má higienização. Isso aconteceu em um dia em que a profissional precisou levar o idoso, com suspeita de infecção, às pressas ao hospital. A enfermeira afirma que, quando passou por entrevista de emprego para a vaga de cuidadora de idoso, em julho de 2017, Zagallo estava lúcido, mas dependia de auxílio para serviços básicos de locomoção, alimentação e higiene pessoal. O salário era de R$ 2.400, com 6 plantões por mês de 24 horas realizados na casa de Zagallo, mais um acréscimo de R$ 400 por plantão emergencial ou excedente. A enfermeira diz que foi dispensada em 5 de janeiro deste ano, por ocasião da morte do ex-jogador. As informações são do site UOL.
Cuidadora de Zagallo processa filho de ex-técnico por assédio moral e pede R$ 330 mil
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