Brasil já perdeu 34 milhões dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O Brasil já perdeu 34 milhões de hectares dos 82,6 milhões de hectares da Caatinga, alertou o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho. Agostinho destacou as características que apontam a necessidade de uma política pública específica para o bioma, como o alto grau de espécies exclusivas que já passaram por transformações pela atividade humana. Já são sentidos efeitos como a desertificação de mais de 10% do bioma. A transição energética também necessita de um olhar atento para a Caatinga, que embora o crescimento das energias eólica e fotovoltaica sejam um desejadas pela região, isso não pode custar o desmatamento da vegetação nativa “Não faz sentido colocar energia eólica e solar desmatando extensas áreas de caatinga, só porque o preço da terra é mais barato”, afirmou o presidente do Ibama. Na análise da instituição, para enfrentar o desmatamento, os efeitos das mudanças climáticas, a extinção de espécies e as queimadas na Caatinga é necessário ir além das políticas de combate e controle. Autos de infração foram ampliados em 69%, as multas em quase 600% só no bioma, os embargos, que é, talvez a estratégia mais importante no combate ao desmatamento, e a apreensão.