Infestação de ‘besouro bufão’ preocupa população de municípios do Sudoeste baiano

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

A ocorrência de fortes chuvas ocasionou a infestação do besouro carocha ou ‘besouro bufão’ em vários municípios da Bahia. A presença do inseto tem preocupado a população, principalmente devido à sua capacidade de liberar um coquetel de substâncias tóxicas quando ameaçado, resultando em queimaduras que variam de leves a severas na pele humana. No Nordeste, os machos e fêmeas entram em hibernação por volta do mês de maio e só voltam a ser vistos no ano seguinte, geralmente em fevereiro ou março, como está acontecendo atualmente em nossa região. Durante a hibernação, é comum encontrá-los no solo, a uma profundidade de cerca de 12 cm. No entanto, também podem ser encontrados embaixo de pedras, fezes secas de gado nos pastos, rachaduras de paredes de residências, jardins de praças, cemitérios, embaixo de tonéis, entre telhas e tijolos amontoados, além de locais como lixo abandonado em terrenos baldios e até mesmo nas paredes de fossas sépticas. Todos esses locais oferecem abrigo, temperatura e umidade adequadas para a sobrevivência do inseto durante o longo período de estiagem. As carochas da espécie Calosoma granulatum, frequentes em diversas cidades. Apesar de exalarem um odor forte e liberarem ácido, os besouros carocha são de grande importância para os pecuaristas. Um único besouro pode eliminar até 400 larvas, muito além da sua capacidade de consumo, tornando-se assim um aliado valioso nas lavouras.