Medicamentos indicados nas redes sociais têm causado doenças em pacientes

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

As redes sociais tem sido um campo aberto para diversos assuntos, mas também é uma grande impulsionadora para diversos produtos. Carvão ativado, hibisco, babosa, cúrcuma, ivermectina. Todos esses compostos são bem conhecidos pelos brasileiros e conectados por uma grande força em comum: a promessa de curar todos os males. Além de ligados pela esperança, eles também têm compatibilidade em serem técnicas sem eficácia comprovada. Isso mesmo, a infestação de tratamentos alternativos receitada pelo seu médico de confiança ou por aquele influenciador que você acompanha, na grande maioria das vezes, se respalda em poucos e fracos estudos científicos. Especialistas revelam que o resultado dessas receitas e promessas aos pacientes têm contribuído para o surgimento de doenças hematológicas, neurológicas e cardíacas. Esses quadros decorrentes do uso de diversos fitoterápicos geralmente são causados pela ingestão inadequada de grande quantidade de hormônio ou pela utilização de substâncias cujo o efeito adverso é a perda de apetite ou de peso, como os famosos chás emagrecedores. Entre as enfermidades que bombardeiam o organismo após essas ingestões, há destaque para a esclerose hepatoportal ou distúrbio porto-sinusoidal, caracterizado pela obstrução de veias do fígado. Um estudo chinês publicado no dia 30 de outubro deste ano, no ACG Reports, apontou o caso de uma paciente de 81 anos que desenvolveu a doença após tomar um suplemento de ervas tradicionais chinesas, conhecido como Cordyceps. O uso teria sido feito diariamente durante cinco anos para tratar síndrome do intestino irritável. Seis meses após a suspensão da medicação, a mulher apresentou melhora no quadro apresentado. O Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), afirma que tem recebido denúncias a respeito de profissionais que divulgam tratamentos e técnicas sem respaldo científico. Conforme o órgão, auando há recebimento de denúncias, é aberta uma sindicância e o médico é chamado para justificar a prescrição dos tratamentos. Em casos de comprovação da prática de divulgação, um processo é aberto contra o profissional.