Brumado: Comerciantes do Mercado Municipal relatam que falta de água prejudica atendimento a clientes

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Comerciantes que atuam na região do Mercado Municipal, em Brumado, no Sudoeste baiano, relatam que os problemas enfrentados pela falta de abastecimento de água na cidade têm prejudicado os atendimentos aos clientes. O serviço está comprometido desde há três meses. A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) não se manifestou sobre o desabastecimento. O empresário Juscelino é dono de uma churrascaria. Ele conta que por causa da distribuição irregular de água, que atinge a região do Mercado, precisa trancar as portas dos banheiros do estabelecimento, já que o uso fica impossibilitado sem o recurso. "Não temos água pra trabalhar. Será que temos que fechar o comércio? Isso é um absurdo, minha conta chega aqui todo mês, mas a água não", expõe. O problema também atinge outros comerciantes, além de transtornos, está gerando prejuízos para os empreendedores, já que para ter água no estabelecimento às vezes é preciso comprar o recurso. Segundo o proprietário de outra churrascaria, a falta de água o obriga a fechar as portas. "Tem dia que não abro aqui, porque a gente precisa da água pra tudo, banheiro, lavar as panelas, higiene das mãos, limpar o estabelecimento. E quando você não oferece esse padrão, os clientes descartam nosso comércio, você não vende", disse Iago.

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A empresária Vanuza relata que pensa em pedir a Embasa que desligue o registro externo, pela falta de comprometimento da empresa. "Eu prefiro que desliguem o relógio e passar a comprar água de caminhão pipa, porque assim eu pago pelo o que eu uso. Com a Embasa, a gente paga e não recebe o produto, isso é quebra de contrato, é crime", afirma. De acordo com a empreendedora, a água só chega nas torneiras a cada três dias, mas com baixa pressão. "Quando essa água chega, a gente não consegue encher as caixas, então, já são três meses nessa luta e a gente reclama, eles [Embasa] vão lá e soltam a água, mas se a gente não fala mais nada, eles travam a água. Do jeito que vai a gente vai fechar as portas", afirmou Vanuza.