Em 'estado de greve', profissionais da educação de Aracatu podem parar atividades na próxima semana

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Desde o dia 18 de outubro deste ano, após assembleia com os profissionais da educação do município de Aracatu, Sudoeste baiano, a categoria decretou "estado de greve" na rede municipal de ensino. Em entrevista ao site 97NEWS, a Presidente da APLB/Sindicato em Aracatu, Viviane Meira, ressaltou que por diversas vezes vem buscando um diálogo com a prefeita Braulina Lima Silva (Republicanos) afim de estabelecer o piso salarial e o plano de carreira dos profissionais. "A gente vinha em negociação em mesa, a gestão nunca criou forças para nos receber, a gente vinha sempre conversando, buscando a melhor forma possível através do diálogo pra que fosse estabelecido o piso salarial do professor e o plano de carreira dos demais servidores que recebem um salário mínimo, que com descontos chega a menos de um salário", explica. A APLB/Sindicato cobra ainda condições de trabalho. "A gente cobra também não só pela valorização, mas como pela qualidade e condições de trabalho aos profissionais", disse. Segundo Viviane, não há explicativas por parte da atual gestão de Aracatu em negar os recursos a categoria. "O município alega falta de recursos com a queda do FPM [Fundo de Participação dos Municípios], mas a educação não depende desses recursos, visto que a maior parte vem do FUNDEF [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério]. Então não há essa justificativa", afirmou. Por conta desse impasse, a Presidente da APLB local ressaltou que vai realizar mais uma assembleia no dia 6 de novembro na Câmara Municipal de Vereadores. "Já estamos mobilizando a categoria para que na segunda-feira [6] estejamos todos preparados para este momento o qual eu já observo que mais de 90% da categoria vai se mobilizar e decidir se haverá greve ou não a partir do dia 07 de novembro", afirmou.