PF apreende US$ 171 mil com diretor afastado da Abin por suspeita de espionagem ilegal

Foto: Reprodução l Agência Brasil

Durante uma ação que apura uso de equipamentos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionagem ilegal, a Polícia Federal (PF) apreendeu US$ 171,8 mil (o equivalente a R$ 870) em espécie na casa de Paulo Maurício Fortunato Pinto, um dos cinco diretores da órgão que foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema. A polícia ainda vai investigar a origem do dinheiro para descobrir se há relação com o inquérito. O valor foi encontrado durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em um endereço de Paulo Maurício, que era diretor de inteligência da Abin no governo Bolsonaro. A suspeita é de que funcionários e diretores da agência usaram, nos últimos anos do governode Jair Bolsonaro, um equipamento de geolocalização israelense para espionar ilegalmente telefones de políticos, advogados, jornalistas, juízes e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante as ações da PF na última sexta-feira (20), dois funcionários da Abin foram presos e outros cinco afastados. Parte dos investigados têm relação com o governo Bolsonaro e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem. Além das prisões e afastamentos, 25 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal, em Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.