Na última quarta-feira (27) foi celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos, data criada para estimular esse importante gesto de solidariedade. Em Brumado, na tarde desta quinta-feira (29), a Clínica de Nefrologia de Brumado promoveu juntamente com a Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e demais instituições parceiras, uma campanha especial na Praça Coronel Zeca Leite (Praça da Prefeitura) dedicada à doação de órgãos. Com o tema “Converse com sua família e diga que você é um doador”. Durante o evento, foram realizadas atividades lúdicas destinadas a incentivar o gesto da doação junto ao público. “Setembro é um mês o qual incentivamos a doação de órgão e também mobilizar a população sobre a importância de deixar os familiares cientes de que somos doadores”, ressalta Ana Maria, diretora da Clinefro. Ela ressalta que o gesto pode salvar várias vidas. "Hoje os nossos pacientes ficam na fila de espero por muito tempo aguardando ser contemplado com um órgão", diz.
Clínica de Nefrologia realiza ação para incentivar a doação de órgãos em Brumado
A iniciativa conta com o apoio da CIHDOTT que possui como coordenadora na cidade de Brumado a Daiara Dourado. Ao 97NEWS, ela reforçou que as famílias precisam dar apoio ao possível doador, respeitando sua decisão. "Em um leito de morte, só a família é responsável pela liberação de doar ou não. Nós estamos atendendo na administração do Hospital Municipal de Brumado e estamos sempre a disposição de qualquer um para dúvidas ou até mesmo manifestar seu interesse em doar", disse.
Em Brumado, este ano, foram realizadas duas captações no Hospital Professor Magalhães Neto, no entanto, segundo Daiara, o município registra 77% de não aceitação e na Bahia a rejeição chega a 60%. "Esse aqui no município a gente teve treze protocolos de morte encefálica, desses 13, a gente teve quatro pacientes que parou o processo antes e nove que fechou o protocolo e conseguimos as entrevistas com os familiares. Mas no fim do processo, apenas duas famílias aceitaram a captação dos órgãos", afirmou. Luciana Moreira, coordenadora de enfermagem, destaca que o desejo de doar vai além de um "Sim" no Registro de Identidade (RG). "Na verdade a gente sabe que após a morte nosso sim não é válido. Nosso desejo nesse momento ele não vem quando os familiares não aceitam, então é uma campanha pra expor à nosso família a nossa vontade, de ser um doador", concluiu.