Especialista diz que mais surtos de catapora podem acontecer em escolas da Bahia

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Considerada uma doença endêmica, a catapora ou varicela como também é conhecida tem preocupado órgãos de saúde, especialistas e pais de crianças e adolescentes. Na última terça-feira (16), a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) emitiu um alerta sobre o aumento de casos da doença no estado. Segundo o órgão, até o último dia 12 de agosto, foram contabilizados 443 casos da enfermidade na Bahia. A notificação chega após surtos em unidades escolares de algumas cidades baianas. Para a técnica da coordenação de imunização da Sesab, Adriana Dourado, um fator que tem contribuído para a proliferação da doença é o período de sazonalidade, já que é entre agosto e setembro que os casos de catapora aumentam. A especialista apontou também que a Bahia pode registrar mais surtos da doença entre crianças e adolescentes nas instituições de ensino. “Esse período agora de agosto e setembro é quando a gente registra um aumento de casos da doença, que é chamado o período de sazonalidade da doença. É quando ocorrem mais casos. Nós temos observado também o aumento de registro de surtos de varicela nas escolas. Isso já acende o alerta para a possibilidade de se ter um momento maior além do esperado. A Bahia tem um risco de ter mais surtos de catapora nos colégios entre as crianças”, diz Dourado. Outro fator que impacta no avanço da varicela é a baixa cobertura vacinal. Segundo a profissional de imunização, o nível de cobertura da vacina adequada é em torno de 95%. Porém, no ano passado a Bahia obteve 73,3% do índice de pessoas vacinadas contra a doença. Já em 2023, a Bahia registrou somente 49,87% de pessoas com o imunizante até o mês de maio, conforme apontou Adriana. “É por isso que a gente tem que alertar a população sobre a necessidade de atualizar a vacinação das crianças de um a quatro anos. Desde 2015 a gente vem vivenciando a queda gradativa das coberturas vacinais. Talvez por isso mesmo que a gente esteja nesse momento identificando surtos em escolas. Essa população já deveria ter sido vacinada”, comentou a especialista.