Brumado: Subtenente do Tiro de Guerra alerta famílias sobre a saúde mental dos jovens

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

O suicídio é um problema de saúde pública em todo mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais pessoas morrem por suicídio do que HIV, malária, homicídio e câncer de mama. Além disso, entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta causa de morte mais comum, depois apenas dos acidentes no trânsito, da tuberculose e da violência interpessoal. No entanto,  infelizmente, o suicídio é um tema complexo entre familiares que dificilmente aborda o assunto entre os filhos. Por isso, é muito importante ressaltar que, segundos profissionais médicos, não existem uma causa específica para o suicídio. Ele é multifatorial, ou seja, diversos aspectos podem levar a essas ações, inclusive entre os jovens. Preocupado com os fatores de proteção e buscando envolvimento na comunidade, o Subtenente do Tiro de Guerra de Brumado, Lexsandro Garcia Borges destacou que está bastante preocupado com o assunto, visto que a sua unidade recebe cerca de 500 jovens por ano, sendo que, durante as entrevistas realizadas no momento do alistamento militar, ao serem questionados: "se já pensaram ou pensam em suicídio?" As respostas lhe surpreendem. "No processo de seleção do jovem para o serviço militar inicial, é feito uma entrevista. Entre às diversas perguntas sobre problemas de saúde, problemas financeiros, sonhos, a gente pergunta isso: 'alguma vez na sua vida você já pensou em suicídio?' “E para minha surpresa, já me deparei por várias vezes com respostas positiva”, disse o Subtenente. Ainda este ano, um caso chamou a atenção de Lexsandro, o qual um universitário da cidade afirmou que enfrenta o problema de saúde mental quase que todos os dias. "No mês de fevereiro, quando fiz uma pergunta à um dos jovens, estudante de universidade, a resposta dele foi: 'eu penso nisso todos os dias'. Então aquilo me paralisou, me deixou em estado de choque inicialmente, mas desse momento, eu parei a minha entrevista e passei a tratar esse jovem como se meu filho fosse, tentando orientá-lo e me colocando a disposição para um papo e um diálogo aberto", afirmou. Conforme o Subtenente do TG 06-024, os familiares precisam ficar atentos com a saúde mental dos filhos. "Os nossos jovens estão com uma crise de identidade muito séria, e muitos usam as redes sociais para fuga, fuga dos problemas para não enfrentar diretamente as questões, e ai acabam pensando muito em suicídio", alertou Lexsandro Borges.