Brumado: Médico acusado de estupro e cárcere privado também vai responder por falsificação de documento

Momento em que a vítima acionou a PM - Foto: Manu Nunes l 97NEWS

O médico de 33, preso na última sexta-feira (5) em Brumado, Sudoeste baiano (veja aqui), acusado de estupro e cárcere privado, juntamente com mais dois outros homens, também vai responder por falsificação de documento após a polícia civil receber um ofício do diretor do Conjunto Penal de Brumado, informando que o profissional teria forjado um atestado médico, quando ainda trabalhava na unidade prisional. Segundo o diretor da unidade, ele foi desligado das funções no dia 12 de abril, por não cumprir às 20h semanais e maltratar custodiados. No sábado (6), a Polícia Civil ratificou a prisão em flagrante dos três para prisão preventiva (veja aqui). No mesmo dia, eles foram transferidos para o Conjunto Penal de Brumado. Na segunda-feira (8), após audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão preventiva dos três (veja aqui). Em 2008, o médico havia sido denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de ameaça, lesão corporal e desobediência. Anos depois, em 2021, novamente ele foi denunciado pelo MP por crime de desacato à policiais militares.

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Em entrevista ao site 97NEWS, o delegado da 20ª Coorpin, Paulo Henrique, afirmou que, além das acusações de estupro e cárcere privado, o médico também poderá responder por falsificação de documentos. "Foi levantado por meio de ofício encaminhado pelo presídio de Brumado, um atestado de documento particular falso, que supostamente foi preenchido por esse médico que prestava serviço naquele presídio. E com base nesse documento foi instaurado um inquérito no qual ele responde pelo crime de falsificação de documento particular", disse o delegado. Conforme Paulo Henrique, o profissional teria usado um carimbo e forjado a assinatura do seu pai, que também é médico no município de Paramirim. "Ele pegou um atestado em branco, preencheu na frente de funcionários e assinou como se o pai dele fosse, com carimbo e assinatura. Em seguida, apresentou o documento a gerencia do presídio para justificar faltas. Então, isso aí caracteriza falsificação de documento particular", disse. Conforme a Polícia Civil, os outros dois acusados, um engenheiro e um estudante, ambos não possuem passagens pela Polícia.