Brumado: APLB Sindicato critica desinteresse de políticos e da sociedade na Plenária sobre 'Segurança nas Escolas'

Foto: Luciano Santos l 97NEWS

Uma frase de filósofo francês Francis Wolff que diz: "O povo está para a democracia como Don Juan está para as mulheres: a conquista mobiliza toda a sua energia, mas a posse o entendia". A comparação em que remete o filósofo, extravasa uma reflexão do desinteresse dos políticos, tanto no executivo, quanto no legislativo, por debates pela democracia. Outro ponto não menos importante é o da participação popular, a qual uma sociedade exige os seus direitos, mas não os cobram diante das autoridades. Essa reflexão também serve como base para a população brumadense, que usa os meios de comunicação da cidade para cobrar os seus direitos. No entanto, essa mesma "massa" que cobra, não exerce os seus deveres. Na quarta-feira (26), a APLB Sindicato - Delegacia Brumado - promoveu a 1ª Plenária sobre a Segurança nas Escolas de Brumado. A programação que começou pela manhã, se estendeu por todo o dia, até às 18h. Durante a explanação, autoridades ligadas a área de segurança, advogados, educadores, entidades religiosas, uma minoria dos vereadores e uma pequena quantidade da população, compareceram ao local. Entretanto, isso não comprometeu a temática do evento que teve brilhantes explanações de pessoas que realmente se preocupa com a Educação do município. Em entrevista ao site 97NEWS, a presidente da APLB, Vanuza Lobo, ressaltou a importância da Pauta. "A gente teve a felicidade de encontrar pessoas com muita vontade de pensar e construir isso com a gente".

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Vanuza acredita que o não comparecimento de parte da sociedade na Plenária possa ser de uma cultura antiga. "Talvez por não vivenciar essa cultura de pensar juntos, da coletividade, por ter sido sempre negligenciado, ignorado por aqueles que administram o município, e não dá oportunidades, talvez por conta disso, tenham se afastado. Talvez muitos esperassem que saísse uma resposta pronta, o que tem acomodado muita gente", disse. Segundo a presidente da APLB, os educadores tem sido solidários com o Tema, mas que a administração pública mostrou desinteresse com o evento. "A gente comunicou antes por meio de ofício a Secretaria de Educação, solicitou a presença dos professores da rede municipal para que construíssem essa agenda com a gente, contribuindo, absorvendo, vivendo isso aqui, porque quem veio pôde absorver os debates, as discussões e sensibilização dos que aqui estão", lamentou Vanuza que acrescentou que após o evento, uma carta aberta seja criada. "Não vai sair daqui a fórmula pronta: 'amanhã todo mundo vai está na escola que vai ter segurança', a gente não está prometendo nada disso, esse evento foi para discutir às possibilidades, pensar a escola como um lugar de vida", pontuou.

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